Cap. 27 - 25 de Setembro

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ANDALUZIA

PARTE FINAL

OLIVIA

Com o fim de toda turbulência, retornei meus projetos para objetivos mais felizes. Tivemos um início de ano pesado, sem o suporte um do outro teria sido impossível sair de tudo com apenas alguns arranhões. Temos uma união forte, e nada melhor que torná-la oficial. Pedro e eu, estamos a alguns dias do nosso casamento. Uma cerimônia reservada, para amigos próximos e família. Mamãe e Antônio, estão à caminho. Assim como a prima Gisa e seu marido, o Beto. Os únicos familiares meus que estarão presentes. Sobre o meu irmão, eu não tenho notícias e também não as quero. Massimo e alguns outros também estão na lista. Rosália, a minha madrinha, foi a segunda a receber o convite. A Rosa, virá acompanhada dos filhos, pois pediu o divórcio a Miguel. A quebra de confiança transformou a reconciliação deles em algo impossível. Espero que um dia, se for de sua vontade, a Rosa conheça alguém que dê valor a mulher incrível que ela é.

- Corazón. – Chamou o meu loirinho.

- Aqui, na varanda. – Estou tomando uma taça de vinho, à beira da fogueira.

Pedro, se aproximou, sentando ao meu lado. Está com um cheiro adocicado, parece chocolate.

- Os convidados começam a chegar amanhã. Conversou com a Maria? – Ele pegou a minha taça e bebeu um gole.

Maria, a cozinheira de anos e esposa do Malvino, é a nova governanta da casa. Eu a escolhi e instruí, seguindo os princípios que nós acreditamos.

- Sim, ela está ciente de cada passo. Inclusive, refiz todo o planejamento de organização da casa. – Não fui rígida com os funcionários, mas também não dei muito abertura. Limites evitam conflitos. – Mantive a proibição de circular sem necessidade, e incluí que não quero ninguém abrindo malas. Que cada pessoa cuide própria bagagem.

- Fez muito bem. – Ele afastou meu cabelo para o lado, expondo meu pescoço. – Minha mãe confirmou presença, falei com ela antes de descer.

- Que bom, será um prazer tê-la conosco.

- Vovó ficará ciumenta, você verá. – Pedro, riu.

- Sério?

- Muito, ela tem ciúmes de mim com a minha mãe. Sempre foi assim, Francesca, até evitava dar pitaco.

- Até entendo Dona Carmen, é a sua mãe de criação e coração. – Fiz uma carícia nele. – Eu também tenho um pouquinho de ciúmes.

- Jura! Nem percebi. – Pedro, gargalhou.

É tão bom ouvir esse som, vê-lo alegre outra vez.

- Bobo. – Resmunguei.

- Arrebitada. – Beijou minha bochecha.

Apanhei a taça de sua mão, virando o restante da bebida na boca. Depois de vazia, coloquei na mesinha. Sem aviso, saltei no colo dele de frente. Segurando seu rosto entre minhas palmas.

- Loirão, eu te amo!

Os olhos dele faiscaram.

- Vamos aproveitar a casa vazia. – Ele ficou em pé, comigo nos braços.

Pedro, caminhou para dentro me carregando.

***

Francesca, foi a última a chegar no vinhedo. Pessoalmente, é ainda mais bonita, certamente faz tratamentos estéticos. Contudo, nada que a deixe sem expressão ou com um rosto padronizado.

OliviaOnde histórias criam vida. Descubra agora