4 - Longe da vista, longe do coração

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O primeiro dia de treinos está a correr bastante bem, ainda não foi necessário o Safety Car ir para pista e ainda não me cruzei com o Daniel. Portanto, está tudo a correr bem.

Saber que ele está tão perto de mim deixa-me nervosa. 

Por outro lado, estou muito contente por estar aqui e por já ter visto George na garagem da Mercedes.

Apesar de não termos estado juntos este ano, temos falado com frequência por videochamada.

Ambos estamos a conquistar imenso a nível profissional, e isso deixa-me feliz.

As regras dos comissários para hoje, foi colocar-me no Safety Car e ao Noah no Medical Car. O objetivo é desempenhar as funções como se já estivéssemos em situação de corrida. Numa situação que, para um de nós, passara a ser bastante frequente.

Como hoje são apenas treinos, e não uma corrida, o Safety Car só sai da garagem para prestar auxilio em caso de acidente, tal como o Medical Car.

Estou sentada ao lado do Noah completamente equipada a olhar para o monitor que nos mostra o que vai acontecendo em pista. Subitamente aparece a informação de bandeira amarela.

Inicialmente não percebo o motivo da mesma, mas mais tarde, aparece a imagem de um carro da Alpine a rodar e a embater num separador.

Não consigo perceber quem é o piloto, se o Fernando Alonso ou o Oscar Piastri que está no lugar do Esteban Ocon paratestar o novo carro da Alpine.

A bandeira amarela passa a ser vermelha e faz-se ouvir o sinal sonoro que indica que o Safety Car e o Medical Car têm de ir para pista imediatamente.

Agarro nas luvas que tinha ao meu colo e corro em direção ao carro.

Nem um segundo depois de ter fechado o cinto, o carro sai disparado da garagem.

Em poucos segundo chegamos a zona do acidente.

Olho para a zona do acidente e percebo que é Oscar Piastri o condutor que está dentro do carro. Normalmente estar dentro do monolugar após um acidente não é muito bom sinal.

Salto do carro e corro em direção a ele.

À medida que me ia aproximando, ia ouvindo mais alto os gemidos de dor do australiano.

- Piastri – grito por ele para tentar perceber se está lucido.

Ele roda a cabeça na minha direção e isso deixa-me mais tranquila.

Chego junto do carro e percebo o motivo dos seus gemidos.

Tem uma fratura exposta no antebraço direito. Há imenso sangue no carro.

Olho para trás para confirmar se o Medical Car já tinha chegado.

Vi o Noah a correr na minha direção com o saco dos suprimentos médicos.

Desapertei o sinto do piloto com rapidez para o caso de ser necessário fazer uma extração rápida.

- Esta tudo bem, vamos cuidar de ti – ele acena com a cabeça e tenta mexer o braço partido – não mexas o braço, está partido.

- Tenho muitas dores – ele diz com uma voz de extremo sofrimento.

- Eu sei, já te vou dar medicação.

Volto a olhar para a direção de Noah e percebo que ele já chegou junto de mim.

- Temos uma fratura externa com uma hemorragia intensa – digo-lhe para que ele preparasse o material necessário para o socorro.

O meu mundo de Formula 1 - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora