9 - Torre dell'Orso

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Já há uns bons anos que tinha o sonho de conhecer Itália, a comida, as pessoas, a paisagem, as praias, o vinho ... tudo me fazia apaixonar pelo país.

Sabia que este ano teria a oportunidade de pôr os pés em solo italiano por duas vezes, devido às corridas. Mas também sabia que o tempo era pouco para poder aproveitar os encantos deste belo país.

Quando o George me convidou a passar as ferias com ele, o Albon, o Lando e as respetivas namoradas, numa pequena cidade italiana, não pensei duas vezes.

O objetivo era fugir à realidade e aos olhos da imprensa, ir para uma casa onde pudéssemos descontrair e não estar sujeito ao julgamento alheio.

Ao chegar em solo italiano, alugámos uma carrinha de oito lugares e seguimos caminho para a morada que o dono da casa nos tinha indicado.

A viagem demorou quase uma hora e eu aproveitei para ir conhecendo a Lily, a namorada de Albon, cujo ainda não tinha tido oportunidade de conhecer.

- Lando, tens a certeza de que meteste bem as coordenadas no GPS? – pergunta George enquanto conduz e vai olhando bastante confuso para as orientações do aparelho.

- Acho que sim – diz o Lando ainda mais confuso que George.

- Achas? Estamos quase há uns trinta minutos a andar às voltas – responde-lhe o George com uma voz de desespero.

- Eu disse que era má ideia metê-lo responsável pelo GPS – diz a Luisinha a rir.

Todos rimos com a observação da Luísa e eu aproveitei para agarrar no telemóvel e confirmar se estávamos no caminho certo.

- Estamos no caminho certo, supostamente chegamos em cinco minutos – disse eu para George enquanto me inclinava na sua direção e analisava a tela do aparelho.

Voltei a endireitar-me no banco da carrinha para poder aproveitar a vista que a viagem me oferecia. A estrada era perto de uma pequena encosta rochosa que terminava no mar, um mar quase tão azul como os olhos de George.

Abri ligeiramente o vidro, fechei os olhos e aproveitei a brisa quente de verão. Que país lindo.

Doía-me a barriga de tanto rir quando George paralisou a carrinha na garagem da enorme casa.

Tinha enormes árvores em todo o seu redor, ótimo para a privacidade, uma área exterior gigante com uma piscina e uma vista de tirar o folego para uma das praias mais bonitas que alguma vez vi.

- Os homens tiram as malas, as mulheres vão se vestir para aproveitar a piscina – a Lily grita enquanto me agarra na mão e me puxa para o interior da casa, a Carmen e a Luisinha seguem-nos enquanto lançam uma enorme gargalhada.

- Como é que te vais preparar para a piscina sem as malas? – pergunto à Lily assim que entramos num dos quatro quartos da casa.

- Eles entretanto trazem-nas para cima, descontrai, estás de férias - ela ri enquanto caminha em direção a um espelho enorme que há de frente para a cama. Ainda agora a conheci, mas sinto que me vou divertir muito com ela, é daquelas pessoas que não deixa ninguém triste quando está por perto.

Enquanto os rapazes não traziam as malas para cima, fomos escolhendo os quartos.

Todos os quartos estão equipados com uma casa de banho privada e são praticamente todos do mesmo tamanho. Eu escolhi ficar no mais pequeno por ser apenas uma a utilizá-lo, deixando assim os maiores para os casais.

Depois dos rapazes já terem trazido todas as malas, abri a minha e comecei a guardar no armário alguma roupa, para evitar que fique amassada.

Ainda só tinha arrumado os vestidos quando ouço um bater na minha porta.

O meu mundo de Formula 1 - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora