Daniel

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Janeiro, altura de preparar nova temporada na F1.

A McLaren fez-me a proposta de fazer mais um ano com eles.

Ainda não lhes dei a resposta final. Ainda tenho mais dois dias para me decidir.

A equipa secundária da Redbull ofereceu-me também uma proposta.

E tenho estado, nos últimos dias, a analisar as duas propostas com o meu agente.

Sinceramente, nenhuma das duas me parece ser ideal, tendo em conta a minha carreira.

Anteriormente já tomei decisões erradas nos contratos, portanto agora tento analisar tudo com atenção redobrada.

Para ser verdadeiro, o contrato ideal era ter a Valentina no Safety car, pelo menos mais esta temporada.

Mas como isso vai não vai acontecer, sinto que já nada mais vai fazer a diferença.

- Estás a ouvir o que te estou a dizer? – o meu agente grita-me

- Não – esfrego a cabeça junto à raiz do cabelo – desculpa.

- A McLaren só tem dá mais um ano, o que pode significar que para o ano fiques sem equipa – ele coloca os papeis em cima da mesa – é uma escolha arriscada.

- Mas das duas propostas, é a equipa que tem um carro com melhor desempenho – contraponho com ele.

- Agora a questão é se é isso que queres para a tua carreira! – Ele respira fundo e ajeita-se na cadeira – Preferes ter só um ano com um carro que já conheces e sabes que consegues ter um bom rendimento? Ou preferes arriscar ficar mais tempo na F1, mas com um carro que não te vai trazer pódios?

Resumidamente, um ano com pódios ou dois sem nenhum.

É impossível escolher!

Sinto-me perdido desde a gala de encerramento.

E o meu agente sabe disso.

Ele só não sabe o motivo.

Cada vez que fecho os olhos parece que a vejo à minha frente, com aquele vestido preto de só uma manga, aquele que ela usou na gala.

Vejo-a com o sorriso no rosto e de olhos brilhantes.

Imagino o que tem feito nestas semanas que passaram.

Se tem pensado em mim, ou se simplesmente seguiu com a sua vida como nada tivesse acontecido.

- Vou arejar a cabeça – levanto-me da cadeira e vou em direção da porta da sala de conferencias – não devo demorar.

Desci as escadas para o rés-do-chão.

Ao sair pelas portas do edifício, carreguei no botão da chave que destrancava o meu McLaren azul que tinha deixado estacionado do outro lado da rua.

Entrei no carro e liguei o motor, sem saber ainda para onde ia.

Quando reparei onde estava, já estava ao volante há cerca de meia-hora.

Estacionei o carro num dos parques do aeroporto de Nice.

Entrei no aeroporto e dirigi-me a um balcão de uma companhia aérea aleatória.

- Qual é o próximo voo para Lisboa?

- O nosso próximo voo com destino a Lisboa, parte em cerca de uma hora!

- Quero um bilhete para esse! 

- Quero um bilhete para esse! 

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Notas da autora:

- Preparem esses corações, estamos a chegar ao final deste livro! 

- Espero que estejam a gostar.

- Mari 

O meu mundo de Formula 1 - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora