Capítulo 14

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Jimin.

Após uma noite mal dormida, pensando sobre a conversa que tivemos, tomei a decisão que quem lhe devolveria as jóias, seria eu mesmo.

Já arrumado, vou para a cozinha preparar o café da manhã.

Antes que eu saia, Yerin chega na cozinha e se espanta ao me encontrar.

— Menino, não precisa acordar tão cedo, não há necessidade! — ela diz e ao ver que já preparei o café se serve de uma xícara — Já sei, ficou tão irritado que não conseguiu dormir, é isso?

— Acertou! — me levanto — Eu decidi que farei a devolução da jóia agora pela manhã. Estou indo agora para o castelo, pedirei uma reunião com a rainha.

— Meu menino, não seria mais fácil perdoar e aceitar o presente? — nego — Por quê?

— Por ele não me dizer o real motivo de insistir tanto nesse casamento — respondo enquanto lavo minha xícara — Eu tenho uma leve suspeita, mas não posso acusar ninguém sem provas. Se for isso mesmo que eu estou pensando, ele jamais conseguirá no que depender de mim, e não estou agindo por vingança, só estou me resguardando.

— Mas e se você fizer um teste? — Yerin se vira para me olhar — Faz uma exigência, que para você aceitar sua proposta ele terá que abrir mão do que você suspeita que ele quer...

— Yerin, na minha opinião, quem mente e trai uma vez, fará novamente na primeira oportunidade que encontrar — suspiro — É como um vício, sabe? Não dá para entrar numa relação sem confiança, somente por carência, eu prefiro abrir mão dele do que sofrer mais tarde.

— Vem aqui, meu menino...— Yerin se levanta e me abraça, estou tão sensível que só o abraço me faz quebrar toda a pose de pessoa decidida e solto todo o choro que segurei até agora — Me perdoa por insinuar que você deve perdoá-lo sem que ele tenha reconquistado sua confiança. É que eu tenho visto o quanto você está sofrendo com tudo isso, mas você está certo em não confiar nele, eu ouvi toda a conversa e entendi que sua mágoa é por saber que mesmo que você lhe dê oportunidade, ele insiste em não ser verdadeiro contigo. Faremos o seguinte, você irá descansar e eu levo a jóia e entrego nas mãos da Rainha, tá bom? Você não está bem, então me deixa fazer isso.

Não consigo responder, e Yerin me leva de volta ao quarto e me ajuda a retirar as roupas, me deitando e fica acariciando meus cabelos até eu pegar no sono.

Yerin.

Jungkook só piora ainda mais sua situação a cada vez que abre a boca. Não é possível que ele ainda não entendeu o real motivo do meu menino estar tão arredio...

O grande Rei Jeon mesmo sendo uma pessoa carinhosa, não conseguiu ensinar seu filho a ler nas entrelinhas, a assumir seus erros e saber a hora de ouvir sem estar preocupado consigo mesmo.

Deixo o quarto do meu menino e vou até a área dos funcionários da casa, dando instruções para que não acordem o Jimin e em seguida sigo para o castelo.

Ao chegar encontro todos na mesa do café da manhã.

— Majestade! — digo ao me aproximar da mesa — Precisamos ter uma conversa muito séria, e solicito a presença do Rei e seus conselheiros.

— Que formalidade é essa Yerin? — Lalisa questiona me olhando confusa — Desde quando me chama assim, tá ficando doida?

Vejo Jungkook sorrindo pela fala da irmã e o olho séria.

— Espero vocês no escritório — subo as escadas e ao entrar no escritório, me sento depositando a caixa com as jóias sobre a mesa. Enquanto aguardo fico olhando para o jardim através da janela, me lembrando das últimas palavras  que ouvi do grande Rei Jeon.

𝕮𝖆𝖙𝖎𝖛𝖆-𝖒𝖊 (𝔍𝔦𝔨𝔬𝔬𝔨)Onde histórias criam vida. Descubra agora