Capítulo 25

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Jimin.

Após um banho gostoso com meu amor, cheio de carinhos ousados, muitos beijinhos, estamos prontos para o almoço.

Eu entendi que Jeon me convidou para namorar durante o banho, como uma forma de esquecer do que fizemos.

Sei que foi brutal, porém necessário, afinal pra que manter vivo quem deixou claro que deseja a minha morte. No caso da Helena, o que eu fiz foi mais como um golpe de misericórdia, afinal ela iria morrer de qualquer jeito, mesmo ela não gostando de mim, sendo insuportável, eu tive pena, afinal ela era daquele jeito devido ao exemplo dos pais  gananciosos, invejosos que não mediam esforços para conseguirem o que queriam, inclusive tirar a vida da própria família que o sustentava somente por ganância. Pelo que disseram, eu deveria ter morrido com meus pais, assim eles não precisariam devolver o dinheiro, por serem os únicos parentes vivos. Essa foi a educação que passaram para filha, provavelmente tramaram tudo diante dela.

— Está sentindo alguma coisa, amor?— Jeon segura meu rosto olhando em meus olhos  e eu nego — Não precisa se preocupar, agora viveremos em paz, sem a preocupação com essa corja.

— Não se preocupe, estou bem — beijo seus lábios — Vamos almoçar que estou faminto.

Descemos as escadas de braços dados. Ao chegarmos na sala de jantar, Lalisa está sentada à mesa seu semblante demonstra preocupação.

— Está tudo bem, Lalisa? — Jeon questiona ao sentar-se em seu lugar e Lalisa olha para nós dois parecendo assustada — Aconteceu alguma coisa?

— Como você tem coragem de me perguntar se aconteceu alguma coisa, Jungkook? — Lalisa devolve a pergunta — O que deu em vocês para cometerem essa barbárie? Não bastava mantê-los encarcerados?

— Lalisa, deixa eu lhe explicar uma coisa... — falo pausadamente — Antes de julgar meus atos, tente entender meus motivos. A família Park, matou os meus tutores somente por ganância, para herdarem seus bens, inclusive afirmaram que eu deveria ter morrido com eles. Como eu sobrevivi me tornaram seu escravo, pois até os empregados tinham um salário, mas eu trabalhava por um prato de comida, que muitas vezes ficava pela metade por não ter tempo sequer para comer. Eu dormi durante todo esse tempo, num porão, sobre um colchão no chão sem ter nada para me cobrir, nem mesmo um travesseiro, até que eu pudesse fazer um, e com sobras de lã e algodão fiz algumas cobertas para me aquecer um pouco nos dias frios. A Isadora nunca foi para Benjamin como você havia afirmado, ela esteve aqui esse tempo todo, estava planejando me matar, mas como eu mandei que a buscasse, ela teve que deixar o esconderijo, isso prova que ela estava a par de tudo que acontecia no castelo. Eu não quero pensar que você estava ciente de sua presença aqui.

— É claro que eu não sabia que a Isadora estava aqui! — Lalisa se apressa em responder — Se eu soubesse, teria avisado...

— Assim espero, afinal você é irmã do meu marido — digo a olhando nos olhos — Não seria nada agradável para ele te perder, por isso estou te dando uma chance de se redimir, afinal o que você me disse ainda está gravado.

— Eu estava irritada, achando que você estava desprezando meu irmão — Lalisa abaixa a cabeça ao falar — Eu te peço desculpas pelo que eu disse, foi sem pensar.

— Só te peço que meça bem suas palavras a partir de agora — os príncipes chegam para almoçar então mudo de assunto — Depois do almoço podemos levar pães para os cisnes amor, o que acha?

— Sim, podemos, eu quero contar para ele que estamos bem — Jeon parece uma criança quando fala do seu amigo cisne, como se a ave fosse entender — Eu contei para ele que você estava triste comigo, por algo que eu não sabia o que era.

𝕮𝖆𝖙𝖎𝖛𝖆-𝖒𝖊 (𝔍𝔦𝔨𝔬𝔬𝔨)Onde histórias criam vida. Descubra agora