Início do ano, o recomeço de tudo. Primeiro de Janeiro, em um domingo à tarde, com um sol escaldante sobre a cidade. Dália, Eros, Jasmin, Arley, Edward e Afrodix estavam na praça, curtindo as férias. Matthew tinha ficado em casa, pois ainda não era uma boa ideia ele sair na rua, com o risco de alguém descobrir o que tinha acontecido no ano anterior.
O mais novo casal andava de mãos dadas e conversava animadamente, isto até a garota avistar seu melhor amigo, Benjamin, que ela não via desde que ele tinha levado os documentos para a resolução dos problemas com a "Destruição Armada", vindo em sua direção. Estava com saudade dele, afinal.
- Ben!! – a humana abraçou o amigo, que sorriu e retribuiu.
- Doida, quase derruba nós dois – o garoto riu – Faz bastante tempo mesmo, e pelo visto eu perdi muita coisa – ele observou olhando para Eros, que tinha pegado novamente a mão de Dália e entrelaçado com a dele.
- Esse é o Eros, meu namorado. Amor, esse é o Benjamin, meu melhor amigo – a menor apresentou os dois, que deram um aperto de mãos – Vocês já se viram aquele dia lá em casa.
- É verdade, mas como não nos falamos direito, prazer em conhecê-lo – Benjamin cumprimentou.
- Igualmente.
- Você e a Nath, estão bem?
- Quem me dera. Mas eu consigo entendê-la, ela me viu "beijando" a Amanda – o garoto cerrou os punhos e suspirou – Não sei mais o que eu faço. Eu liguei e fui na casa dela, mas fui totalmente ignorado.
- Sinceramente, aquela garota é uma cínica, em vez de arrumar um namorado, fica agarrando meninos comprometidos, é por isso que todo mundo a odeia – Dália sempre se irritava ao falar da "patricinha mimada" que tinha na escola, como ela a chamava – Mas, sério, dá um tempo para ela, mas não desista. Tudo o que você tinha que dizer sobre a verdade você disse, basta apenas ela esfriar a cabeça e pensar um pouco. A Nath vai te perdoar, o amor dela será mais forte, você vai ver – Dália sorriu, confortando Benjamin.
- Espero que sim, obrigado, Lia – o garoto sorriu e a abraçou – Eu preciso ir agora, vou sair com a minha mãe para fazer compras.
- Tudo bem. Vai lá em casa um dia, e não esquece de me contar se deu certo! – a humana gritou a última parte, pois o amigo já estava um pouco longe, apressado em não se atrasar.
- Ele é legal, mas até que enfim foi embora – Eros segurou a namorada pela cintura, selando seus lábios – Podemos passar um tempinho juntos agora?
- Sim, senhor – Dália brincou e beijou o mais velho, afagando os fios escuros do mesmo. Sempre que fazia isso, sentimentos iguais assolavam os dois, transbordando paixão e afeto. Esperavam que esse amor nunca acabasse e continuassem juntos tanto em resoluções quanto em problemas, estes que infelizmente não deixariam de existir.
- Lia... – Eros a chamou quando ambos se separaram e sentaram na grama do parque, longe do aglomerado de pessoas. A humana há pouco tinha visto os irmãos, então estava tranquila.
- Sim?
- O que você diria se por acaso eu fosse para o Olimpo? – perguntou o que queria e sentiu um peso ser livrado das suas costas, precisava dizer o quanto antes.
- Você... Poderia ir – disse, com a voz baixa – Eu sentiria saudades, mas é o seu direito. Sei que sente falta de todos.
- Eu quero ver minha família de novo, minha mãe e meus amigos – suspirou, abraçando ainda mais a garota – Mas queria também que... Você fosse comigo.
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A força das almas gêmeas: Mundos Libertos
RomantikE se alguém dissesse que o amor é a chave para qualquer resolução. Você acreditaria? Em mais um ano aproveitando momentos felizes, ninguém diria que precisariam ir para um mundo sobrenatural, e pior... Muito perigoso. E como poderiam não consi...