Parte II - Anjo Divino: Sincronia no amor

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 - Eros... - Dália abriu os olhos lentamente para se acostumar com a luz do Sol, que entrava pela janela, e viu o semideus de asas prateadas sorrir terno para si.

- Bom dia, meu amor – o semideus selou a testa do Anjo de Fogo e encostoucalmamente na mesma - Sua febre abaixou, realmente é só por causa da visão.

- Eu fiquei assustada, mas não tanto quanto a outra visão; esta parecia algo bom – Dália suspirou, lembrando-se do acontecimento – Era como se existissem dois lados; eu estava em um deles, onde tudo era coberto de fogo, e tinha um anjo controlando a água do outro lado - a mais nova começou a explicar sua visão ao namorado e ele a olhou com dúvida.

- Um anjo?

- Sim, de asas azuis, aí a palavra "irmão" ecoou, e eu abri os olhos.

- Você viu o rosto dele?

- Não, eu não vi, mas tenho certeza que era o meu irmão, alguma coisa me diz que sim.

- É o seu oposto, água – Aron tentou lembrar de algum amigo que fosse um anjo Azul, mas não se recordou – Você percebeu mais alguma coisa? Cada detalhe é muito importante.

- Eu acho que... tinha um objeto na mão dele – a adolescente respondeu à pergunta do amigo - Da minha percepção estava bem longe, mas acho que era uma espada.

- Espada?

- Sim, ele comandava a água com ela.

- Certo, eu não conheço ninguém, porém não existem muitos anjos da água que também tem uma espada como objeto místico, garanto que se investigarmos bem, o encontraremos rápido e assim focaremos no mais difícil, que é o seu objeto místico – Dália afirmou e sorriu agradecida, sentindo-se extremamente sortuda por ter Aron e Eros ao seu lado.

***

À tarde, depois do almoço, o casal de namorados foi para o jardim da casa. Com tantos problemas e situações perigosas era difícil passarem um tempo sozinhos apenas namorando e observando a paisagem, como gostavam de fazer perto um do outro, então qualquer oportunidade que tinham já era muito bem-vinda.

Eros permanecia com as costas apoiadas na grade de segurança, enquanto beijava Dália intensamente, esta que estava apoiada em si.

- Ei! Pode ir com calma! – Dália riu do mais velho, que colava tanto seus corpos ao ponto dela pensar que iriam se fundir – Eu não vou fugir – debochou, brincando.

- Eu simplesmente não resisto a você – ele falou pausadamente, selando a bochecha alheia a cada palavra.

- Estou vendo que não – ela riu ainda mais à medida em que o semideus descia os beijos pelo seu pescoço – A-Amor, para... Estamos do lado de fora – reclamou de maneira manhosa, mas não o afastou.

- Quer dizer que do lado de dentro pode? – o ser de asas sussurrou no ouvido da amada com uma voz sexy e ela corou desviando o olhar.

- T-Talvez possa - ele sorriu com luxúria pela resposta, mas depois ficou sério.

- Sabe mesmo o que está me pedindo, amor? – perguntou e a menor formou um bico nos lábios.

- Claro que sei... Não sou mais criança.

- Esse rostinho inocente e fofo me deixa com sérias dúvidas – o mais velho falou com ironia e beijou os lábios rosados com tanto amor e desejo que Dália sequer notou o momento em que foi levada para o quarto e apoiada delicadamente na cama.

- Tem certeza? Quero deixar claro que não vou fazer nada que não queira, princesa – ela afirmou.

- Tenho. Eu te amo muito, pra sempre e se for para ser, é com você – declarou baixinho e recebeu a mesma declaração do maior, que esboçou um lindo sorriso.

A força das almas gêmeas: Mundos LibertosOnde histórias criam vida. Descubra agora