E agora, para onde vamos?

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É um novo dia e Dália, em plena sete da manhã, está em um templo magnífico, na presença de seus amigos. Junto com seu irmão, encontrava-se aflita, pois o anjo acabara de revelar à deusa Atena o parentesco dela e da garota: eram mãe e filha.

- Perdoe-me, filha. Seu pai e eu não tivemos escolha a não ser te mandar para o Mundo dos Humanos. Você estava correndo muito perigo aqui.

- Eu sei, mãe. Já falei com o meu pai, e ele me contou tudo detalhadamente.

- Quando descobriram que eram irmãos?

- Foi há dois dias. Eu tive uma visão, e Aron estava nela.

- Vocês parecem se dar muito bem, e sendo ambos anjos, creio que seja melhor ainda.

- É sim, mãe – o anjo masculino afirmou, sorrindo.

Ela sorriu de volta, até uma voz rouca e irritada cortar o clima bom.

- Ok, chega de melação! Dália precisa do cajado o quanto antes, não é? Então vamos logo!

- Sim, senhor, esquentadinho! - Eros riu. Sabia que Arley estava com ciúmes de Aron por também ser próximo à irmã.

- Pronto, o apelido pegou! – esbravejou o humano – Satisfeito, Edward?

- Não me envolva nisso!

- Mãe, não ligue para eles.

- Sim, filho - ela riu, pelo visto eles se davam muito bem - Do que necessitam agora?

- Bom, já temos as duas pedras preciosas, só precisamos saber o local exato para finalizar o último passo.

- Entendo, mas sinto muito, não posso ajudá-los com isso.

A discussão acabou em um instante com a resposta da superiora; então ela continuou.

- Os lugares para montar os objetos místicos são ocultos, nenhum deus tem acesso a eles. O Oráculo deve saber de algo que possa ser útil, mas não tenho certeza.

- Então vamos até esse Oráculo! – Edward se pronunciou.

- Certo. Mãe, muito obrigado por nos ajudar, é sempre bom contar com a senhora.

- Por nada, filho. Podem vir sempre que precisar e venham me visitar também.

- Pode deixar, faremos isso.

- Maravilha - ela sorriu, feliz por tudo estar entrando nos eixos, e por finalmente poder ver sua princesa novamente - Ah, e cuidem um do outro, juntos vocês serão muito mais fortes do que pensam - ela pediu e ambos assentiram, confiando nas palavras da mãe.

Assim, todos se despediram de Atena e foram para a casa do Oráculo. Ao chegar, notaram a porta destrancada.

- A fechadura está quebrada! – Afrodix analisou e todos decidiram entrar de maneira rápida e cautelosa.

Ao pisarem do lado de dentro, tiveram a pior das visões: tudo estava destruído, e espalhado no chão. O carpete branco da sala tornou-se vermelho e a luminária estava à beira de cair. Até que de repente ouviram uma voz. Aron, Eros e Afrodix conheciam muito bem tal ruído agudo.

- Socorro! Alguém está aí?

Finalmente descobriram de onde o som saia. Indo ao local, viram que a porta estava trancada. Aron então pediu para o idoso adivinho se afastar e derrubou a porta em um golpe. O velhinho agradeceu a todos com um sorriso.

Dália, ao observar o homem mais atentamente, sentiu fraqueza, obrigando Eros a envolver seus braços ao redor da cintura da garota e segurá-la fortemente para que ela não caísse.

A força das almas gêmeas: Mundos LibertosOnde histórias criam vida. Descubra agora