A força das almas gêmeas: Mundos Libertos

Mundo dos deuses

No dia seguinte, Dália foi a primeira a acordar e ficou surpresa quando viu que estava deitada nos braços de Eros. Sua cabeça doía um pouco, a fazendo relembrar o acontecimento no dia anterior. Odiava preocupar o namorado, mas também queria tê-lo ao seu lado, porque ele sempre conseguia acalmá-la e evitar que algo pior acontecesse. A adolescente encarava o mais velho, mexendo suavemente no cabelo escuro. Ele era lindo até dormindo, um verdadeiro anjo de asas prateadas.

A garota tentou se levantar sem acordar o rapaz, mas falhou e olhou envergonhada para ele quando o viu abrir os olhos.

- Desculpa... Não queria te acordar – Dália beijou a bochecha do semideus, desejando bom dia, e depois se sentou na cama.

- Não tem problema, princesa – Eros retribuiu o carinho e selou sua bochecha também – Como você está? Se sente melhor?

- Uhum. O que aconteceu foi tão rápido que me preocupou, mas estou apenas com dor de cabeça - sorriu, animada, fazendo o mais velho sorrir também - Estou doida para conhecer sua mãe e o seu mundo.

- Isso me deixa muito feliz, obrigado, amor. Tenho certeza de que ela vai gostar de você.

- Espero que sim, ela é uma das deusas que eu admiro muito, além da Atena, é claro.

- ... Você realmente combina muito com ela - Eros falou no automático, deixando Dália confusa.

- Por quê acha isso? - a mais nova questionou, sorrindo e se levantando.

- Sua determinação e coragem, acho que é o principal...

- Eu... Agradeço a Deus por ter boas qualidades.

- Sinto muito. Estou falando de deuses e...

- Não, amor, tudo bem. Eu posso ser monoteísta e seguir o caminho Dele, mas respeito a sua religião e não me importo de te ouvir - a menor o interrompeu e explicou que não tinha problema algum ele falar, sabia que Eros também respeitava sua escolha religiosa e ouvia sempre que ela falava. O semideus afirmou e abraçou a namorada.

- Eu te amo..!

- Eu também, meu anjo, mas isso foi bem aleatório.

- Não tem hora para dizer, é quando tenho vontade de expressar em palavras.

- Bobo.

- Bom dia, pombinhos – Matthew apareceu na porta do quarto e Dália se levantou.

- Bom dia, pai... – ela ficou envergonhada com o apelido, fazendo tanto Eros quanto o adulto rirem.

- Preparada para ir, filha?

- Sim, estou ansiosa – ela sorriu e viu o pai se aproximar e segurar suas mãos.

- Querida, quero que esteja preparada para tudo o que acontecer, está bem? Independentemente de qualquer coisa, eu te amo. Tudo tem um tempo certo para vir à tona, tenho certeza de que saberá lidar com essas descobertas. Nunca deixe de pedir ajuda, sim?

- Está me assustando, pai. Como assim? – a humana abraçou o mais velho. Aquelas palavras a fazia sentir arrepios, como se tudo fosse mudar assim que chegasse ao Olimpo.

- Vai saber na hora certa – Matthew se afastou e sorriu para a adolescente, depois olhou para Eros, que acenou, deixando Dália sem entender nada.

- Amor, vamos nos preparar?

- C-Certo, tudo bem – a garota saiu do transe e suspirou, afastando os pensamentos ruins – Vou acordar os meninos.

- Ótimo, vou terminar de arrumar tudo e nós vamos partir. Vai dar tudo certo.