Obcecado Pela Sangue-Ruim (POV-TOM)

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Ela entrará a qualquer momento, me alerta meu cérebro.

O salão está abarrotado, com falatórios irritantes vindos de todos os lados, principalmente, das mesas da Grifinória e Lufa-Lufa. Os mais espalhafatosos sempre.

Vamos, entre logo!

Bufo com impaciência, um gesto atípico meu que logo atrai a atenção de Abraxas.

- Algum problema, Tom?

Seus olhos cinzentos me analisam com curiosidade, provavelmente louco para me perguntar mais sobre meu encontro com a garota misteriosa que eu o mandei investigar. Mas, como Abraxas é um dos poucos que usa o cérebro, ele sabe que não é sensato me questionar.

- Eu deixo os problemas para os imbecis de mente fraca, Abraxas. – É tudo o que digo, e ele entende o recado: não me importune mais.

A porta do salão principal é aberta, vejo-a se sobressaltar por estar divagando em pensamentos. Isso me diverte por algum motivo sombrio. Quando percebo o brasão da grifinória em seu uniforme, não posso reprimir o desapontamento que me abate.

Trepar com grifinorianas é problemático, pondero, lembrando-me dos meus casos secretos com algumas leoas de Godric Gryffindor. Bom, pelo menos ela não é uma lufana... elas sim são uma dor de cabeça.

Nenhum dos meus breves casos luxuriosos com grifinorias e lufanas acabaram bem devido ao fato de que sempre esperarem flores e pedidos de namoro após nossas relações de uma noite só. Por mais deliciosas que sejam, evito me envolver com garotas destas casas.

Paciência para pegajosidade não é meu forte.

- Ela é bonita? Não estou conseguindo enxergar direito daqui. – Ouço Mulciber perguntar erguendo seu pescoço um pouco, mas estou focado demais na entrada do salão principal para prestar atenção há quem ele pergunta isso.

- É linda, mas já tem dono. – Malfoy murmura, e posso sentir o peso de seu olhar sobre mim. Não esboço reação.

- Como assim? – Quer saber Rosier, não entendendo que Abraxas falará de mim. – Você não pode ter todos as mulheres do castelo só para sim, Malfoy.

- Se ela for tão gostosa de longe quanto está parecendo, Abraxas, você terá que disputá-la comigo. – Black se inclina para frente, em desafio. – E, pela minha grande experiência, no final, os morenos sempre ganham.

- Em primeiro lugar sim, eu posso ter qualquer garota que eu quiser, Evan. Em segundo, Pollux. Se ponha no seu lugar! Seu histórico de conquistas de uma noite sempre acaba com garotas chorando e te amaldiçoando em meus braços, e nunca voltando para os seus. – Declara em pura arrogância, fazendo todos os outros rirem menos o Black. – E em terceiro, a declaração de posse não se referia a mim. Ela é de outro.

- Sem mistérios, Malfoy. Quem é esse outro de quem você tanto fala? – Lestrange pergunta, fazendo todos encararem Abraxas.

Bebo um pouco do meu suco de abobora.

- Vocês logo vão descobrir. – É o que ele fala, se divertindo ao vê-los lhe fuzilarem com os olhos.

Merlin, parecem um bando de velhas fofoqueiras.

- Estou começando a achar que não existe nenhum outro. – E como sempre, Dolohov só abre a boca para falar merda.

- Vá pentear trasgos, Antonin. – Grunhe o loiro, se irritando por ser chamado de mentiroso.

Deposito o corpo de suco com relativa força na mesa, fazendo o barulho os silenciar. Sinto o peso de todos sobre mim, me analisando.

- Ela é minha, meu novo brinquedo.

Me Encontre No PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora