Capítulo vinte e seis

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POV Juliette

Na segunda-feira pela tarde, eu já me encontrava em mais uma reunião sobre as investigações, mas dessa vez o investigador estava do outro lado da tela do computador de Deborah, ao lado de sua imagem estava a imagem da minha advogada, enquanto Giu, Deborah e eu compartilhávamos a terceira tela da chamada de vídeo.

Segundo a equipe responsável pelo meu caso, após analisarem as informações que eu e Giu havíamos entregado a eles, se empenharam em avaliar tudo que pode ter ocorrido de suspeito na capital do país perto das datas que entregamos. Segundo eles, olharam câmeras, foram até o restaurante em que Sarah e eu jantamos, procuraram por mais notícias na internet, mas nada estava ligado ao nome do tal Otávio Ferreira.

Isso era muito estranho.

— Nosso próximo passo agora é tentar encontrar as chamadas feitas pelo aparelho do hacker, o que nossa equipe já está realizando, na verdade. — o investigador dizia — Estão procurando por ligações suspeitas entre as datas que vocês nos disponibilizaram. Isso facilitou bastante o nosso trabalho, mas não iremos deixar de olhar datas anteriores e posteriores também. Nossa principal suspeita está entre os dias 6 de outubro e 6 de novembro, intervalo entre a senhorita Freire ser vista em um restaurante e a data do vazamento das fotos.

Pude sentir um certo alívio ao saber que toda aquela doideira que Giu havia inventado estava ajudando de alguma forma, e imediatamente olhei para minha amiga e lhe ofereci um sorriso, apertando sua mão. Giu apenas acenou e retribuiu o sorriso.

— E em relação a descobrirem onde a Juliette tava dois dias depois do vazamento das fotos? Acham que pode ter ligação? — ouvi Deborah perguntar e voltei minha atenção para a tela.

— É uma grande possibilidade, já que após as fotos vazarem, ela "sumiu" da mídia. Mas também pode ter sido uma situação aleatória, onde alguém a viu, comentou ou deixou escapar isso e então a imprensa foi atrás em busca de informações sobre a polêmica. Tudo está sob investigação.

Suspirei, me recostando na cadeira e levando uma mão até os cabelos. Eu precisava ficar calma, as coisas estavam caminhando e a polícia estava otimista, principalmente agora que buscavam pelas chamadas realizadas entre o hacker e o culpado. Se encontrassem a exata ligação entre os dois, teríamos a resposta certeira, já que isso levaria a polícia até o endereço de Otávio Ferreira.

Naquela noite, já em meu apartamento, respirei fundo e resolvi explorar um pouco o que estava acontecendo na internet, com cautela é claro. Eu não queria deixar evidente que estava online, só veria algumas mensagens que me mandavam, talvez responderia alguma importante caso achasse necessário. Minha felicidade foi ver as reações ao meu vídeo, havia mais mensagens bonitas para mim, e sentia meus olhos marejarem com algumas específicas. De fato, as pessoas que me acompanhavam eram maravilhosas e só queriam me ver bem.

Vi que havia algumas mensagens privadas no Twitter e resolvi abrir algumas aleatórias para reagir, seria mais um agradecimento a eles que estavam sendo tão incríveis comigo, só quis retribuir. Entrei em algumas e reagi com corações, eu saberia que eles surtariam e esse pensamento me fez sorrir, faria meus bichinhos felizes assim como eles me faziam.

Acabei me deparando com uma mensagem da Kerline, e me surpreendi verdadeiramente. Confesso que, a essa altura, não imaginava que ela estivesse tão carinhosa comigo, mas mais uma vez eu era pega de surpresa por aqueles que gostavam de mim genuinamente. A curiosidade foi enorme e eu abri sua mensagem, sentindo o sorriso crescer cada vez mais em meu rosto ao ler tudo que ela tinha escrito. 

 

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Primavera - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora