Capítulo trinta e dois

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Esse capítulo contém trechos em itálico que são músicas. Em negrito são trechos da música modificados.

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Celular Juliette

Celular Juliette

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POV Narrador

Juliette tentou fazer tudo o mais discretamente possível. Pediu que um dos funcionários do hotel chamasse um Uber para ela e aguardou pelo mesmo ainda no quarto, querendo evitar chamar atenção de outros hóspedes. Estava tremendo levemente, sentindo o incômodo frio na barriga e as mãos suarem. Não era a sensação mais agradável do mundo e resolveu fazer um mantra para tentar acalmar os nervos.

Tinha medo, não podia negar. Medo da rejeição, medo dos comentários e medo da repercussão. Se abrir e falar sobre sentimentos não era uma coisa tão fácil de se fazer, mesmo para ela que normalmente deixava transparecer suas emoções, estava numa situação arriscada. Mas era um risco que estava disposta a enfrentar, principalmente por si mesma. 

Dentro do carro imperava o silêncio entre seus ocupantes, a não ser pela música baixa que saía do aparelho de som. O motorista entendeu que ela não queria conversar pelo breve cumprimento que deram e seguiu a viagem apenas apreciando a música e o vento fresco da noite de primavera. O restaurante ficava mais afastado do centro, e o caminho foi tranquilo graças ao tráfego de veículos mais reduzido naquele horário, já passava das oito da noite e era fim de semana. Juliette tratou de esvaziar sua mente e controlar o nervosismo com o mantra ensaiado enquanto as ruas passavam depressa através do vidro da janela.

Já estava tudo combinado com o dono do restaurante. Ela entraria pelos fundos para não ser vista pelos clientes e chamar mais atenção do que com certeza aconteceria. Ainda era uma pessoa pública e seu rosto era bem conhecido. O que eles não sabiam era de uma coisa que ela guardava para poucos apreciarem, apenas os seus conheciam aquele lado dela e hoje estava prestes a deixar o mundo conhecer.

Quando o carro parou no destino final, Juliette fechou os olhos e respirou fundo, sentindo as mãos suarem cada vez mais. Deu um sorriso simpático para o motorista e agradeceu a corrida, colocando a mão na porta para abri-la. 

Primavera - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora