Já no carro, quis indagar:
-- Vitória, amor, você não pregou o olho! Eu vi, mas não quis te perturbar.
-- Não é nada, eu estou deslumbrada com o momento e quando fico assim, perco o sono.
-- Ainda bem que foi por coisa boa. Vamos deixar tudo em ordem, hoje, na editora, e passarmos o final de semana no barco, o que acha da ideia?
-- Nossa, ia me fazer muito bem. Vou deixar tudo certinho e pedir que minha tia Dalva fique com a minha mãe. Ela já tem uma certa idade e não gosto de deixá-la sozinha.
-- Sim, faz bem!Chegamos à editora separados e cada um foi para o seu setor, morrendo de ansiedade para chegar a noite, podermos partir para a Ilha e termos estes dias só para nós dois, com muito sexo e desejos.
O dia parecia que não passava. É sempre assim, quando a coisa é boa, demora... Que aflição e que tesão! Só de pensar em ficar a sós com Vitória e sentir novamente o seu corpo e ser dela, meu pau endurecia rapidamente. Passei a mão sobre ele e pulsou forte.
"Calma, amigo, logo você terá o que deseja!"
Só eu mesmo para conversar com o próprio membro! Devo estar amando de verdade. Mesmo arrastado, graças a Deus o dia passou. Encontrei com Vitória na garagem, estava vazia e ninguém nos viu. Fui depressa deixá-la em sua casa, para arrumar suas coisas e dar um tchau para sua mãe.
Eu, fui para a minha, fazer uma mala básica, tomar um banho e logo já estava buscando o meu amor. Não precisava de muitas coisas, pois eu tinha no barco e Gib cuidava de tudo para mim. Chegando à casa de Vitória, ela já estava no portão, radiante.
Bermudinha vermelha, blusinha listradinha combinando, um lindo tênis vermelhinho, deixando cair uma medalha minúscula que dava ênfase ao calçado. Ela, loira, de roupa vermelha, ficou um arraso!Vitória entrou no carro e meus olhos brilharam. Beijei sua boca loucamente, já demonstrando como eu estava.
-- Você está linda, minha flor! Nossa, um colírio para os meus olhos!
-- Você também! Que roupa! Ficou o máximo em você. O marrom lhe cai muito bem!
-- Obrigada, sou todo seu!Ela sorriu, acariciou meus cabelos que eu usava às vezes desgrenhados, mas bem cuidados, depois passou de leve as mãos em meu rosto, e por último, levou os dedos em meus lábios e veio me beijar, sentindo minha língua quente e seu dedo junto, que eu chupei com ganância.
-- Vitória, melhor irmos, olha a minha situação!
A bermuda ficou molhada. Ainda bem que era escura. Ela concordou e seguimos para a Ilha. Um lugar maravilhoso. Ficava meio longe de Londrina, mas valia a pena. Fomos apreciando a linda paisagem, trocando beijos e planos.
Depois de um tempo, chegamos ao local. Gib já estava nos esperando.
-- Boa noite, Sr. LeBlanc! Srta.Vitória!
-- Boa noite, Gib, tudo bem?
-- Sim, tudo certo. Podemos ir!
-- Ótimo! Vamos, então!Ele se lembrou de Vitória. Eu não gostava muito do jeito que ele olhava para ela. Tinha um algo mais. Que atrevimento! Não falaria nada, pois era um excelente funcionário, a não ser que passasse dos limites.
Entramos no barco e realmente estava tudo limpo e arrumado. Ele sabia que eu gostava de lavanda, então limpava o barco com um produto que deixava este cheiro tão gostoso no ar. Vitória foi ao quarto guardar as suas coisas.
Eu também guardei o que era meu e fiquei esperando por ela num sofá macio com um vinho.
Ela veio toda feliz. Seus olhos brilhavam de emoção. Pegou sua taça de vinho e veio sentar-se ao meu lado.
-- Ah, amor, aqui é tão gostoso... Nossa, que prazer me dá tudo isso! Eu nunca tinha vindo aqui. É tudo muito lindo. Sim, Ilha do Mel é um delírio para os apaixonados, e chegando perto de sua boca, deixei um gole de vinho dentro dela.
-- Sim, para os apaixonados como nós!
Ela deixou outro gole de vinho na minha boca. Gostávamos dessa brincadeira.
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Domínio
RomanceDaniel LeBlanc, autor best-seller do The New York Times e dono da famosa Editora LeBlanc, vive praticamente excluso da sociedade, por ter uma vida secreta e desejos meio obscuros. Por isso, com seus 40 anos, não constituiu família. Mora sozinho. Par...