-- Venha, eu te seguro, flor!
Ela jogou o seu corpo sobre o meu, deixando a cabeça tombar em meu ombro, onde me deliciei com o seu perfume inebriante. Vitória tinha um aroma doce, que saía da sua pele macia. Era indescritível!
Seus cabelos balançavam ao som da música e eu a beijava, dizendo coisas obscenas em seu ouvido. Ela se largava em meus braços, já sem noção, rindo à toa e dizendo coisas sem nexo.
-- Daniel, meu amor, estou tão feliz! Por favor, coloque aquela aliança no meu dedo. Me deixa sentir mais este prazer que você está me proporcionando.
Fui bucar lá na caixinha e coloquei-a em seu dedo. Ela esticou a mão, olhou e beijou aquela joia. Vi que estava muito feliz, e a felicidade dela era a minha. Vitória estava grogue! Pelo jeito, acho que ela ia deitar e dormir. Eu ia dançar sozinho, adeus sexo! De repente, ela falou alegre, toda envolvida na música:
-- Amor...
-- O que foi, minha flor?
-- Vamos ao quarto?
Bom, as coisas começavam a melhorar!
-- Claro, com todo prazer!
-- Daniel, quero fazer uma surpresa para você, pois merece tudo, hoje! Quero ser muito sua e o quero muito para mim!
Não sei o que ela quis dizer com aquele muito sua e muito para mim, mas, enfim... Eu ia pagar para ver.
-- Flor, mas você está bem?
Ela se virou e me encarando, murmurou:
-- Quando eu não estou bem, para trepar com você?
Trepar? Nossa, a coisa estava feia. Ela não usa essa palavra, nunca!
-- Flor, você quer o quê, amor?
-- Foder bem gostoso com você, meu homem delicioso! Não sabe o que é isso?-- Claro que sei, só, quê...
-- Então, vamos ao quarto... Você verá!
-- Sim, mas antes você vai entrar embaixo de uma ducha gelada. Não vou foder você assim. Te quero lúcida!
-- Daniel, seu bobo, estou lúcida! Sei exatamente o que eu quero fazer com você e o que estou falando! Se bem que um banho, me fará bem! Vamos ao banho, então!
-- Venha comigo!
Ela devia estar bem, pelo menos andou normal, sem esbarrar em nada e nem cambalear. Ela tinha o direito de estar feliz e comemorar.
-- Entre, tome um banho. Eu te espero na cama.
-- Pronto, estou ótima! Você vai ver! Só quero um tempo para me arrumar para você!
Estarei lá fora. Quando estiver pronta, me chame!
Fiquei olhando o céu e pensando em tudo. Em minha vida com ela e como eu era feliz. Que sorte eu tive! Consegui uma mulher maravilhosa, praticamente com idade para ser minha filha, e me livrei da cretina da Verônica, ou seja, Aléxia!
Depois de um tempo, ali, pensando, Vitória me chamou, tirando-me dos devaneios que eu estava envolvido. Fui até o quarto e ela estava deitada na cama. Meus olhos estavam me enganando, ou era real o que eu estava vendo?
Ela estava um deslumbre de linda e eu cheio de fogo por dentro, já querendo me queimar. Segurei-me no portal para não cair. Acho que Vitória estava melhor do que eu, pois para se produzir daquele jeito, devia estar em plena forma e consciência.
-- Não gostou, amor? Vai ficar parado aí, só olhando?
-- Flor, você quer me matar?
-- Sim, hoje quero te matar de tesão!
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Domínio
Roman d'amourDaniel LeBlanc, autor best-seller do The New York Times e dono da famosa Editora LeBlanc, vive praticamente excluso da sociedade, por ter uma vida secreta e desejos meio obscuros. Por isso, com seus 40 anos, não constituiu família. Mora sozinho. Par...