Parte 8

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ANDRÉA:

Eu já estava em minha casa, Miranda me olhava com ódio no olhar e eu adorei que despertei isso nela, já de banho tomado e uma garrafa de vinho na bancada da varanda de minha janela eu olhava a lua e pensei em tudo de bom que aconteceu para mim, em como eu mudei em alguns aspectos, olho para a janela de Miranda em expectativa de ve-la novamente, não sem roupa eu já passei dessa fase! Eu só queria vê-la, olhar para ela, olhar cada detalhe de seu rosto, essa mulher despertou algo em mim que eu não conhecia, me sinto leve perto dela, ela me trazia paz mesmo com nossas diferenças e em pouco tempo que estive ao seu lado eu me sinto bem, sai da janela e me deitei, estava realmente cansada e minhas aulas foram reduzidas magicamente, aposto que Miranda tinha dedo nisso mas foi até bom porque eu estava acabada todo dia, me deitei e tentei não pensar nela, era inevitável não pensar nela e de como ela reagiu sobre nosso momento, eu queria que ela estivesse aqui e que ficasse como a noite passada.

Minha cabeça girava e parava nela, meu sono foi roubado por ela, essa infeliz não tem ideia do quanto me afeta, me levanto e desço a escala, calmamente para não acordar ninguém, vou até a porta da rua e ainda era madrugada, a segurança do meu bairro era 24 hrs então eu não estava com medo ou algo do tipo, a lua estava cheia, o céu estrelado, ouvi um miado de gatinho, ele estava por perto então foi que eu vi que ele era de Miranda, bom eu deduzi porque ele estava rodeando a casa dela e olhando para cima, o peguei e fiz carinho nele

- O que você está fazendo aqui sozinho, meu bem?

Perguntei fazendo carinho nele, olhei para um lado e para o outro e não tinha ninguém então se eu roubasse ele ninguém teria provas que sou eu, me virei e foi em direção para minha casa, coloquei leite e fiz uma caminha para ele perto de minhas cama, ele era um filhote branquinho e muito fofinho, me deitei novamente e do nada sente algo se encostar em mim e era o gatinho.

- Que nome você quer uh? Zeus? Thor? Mingal? Ou Zorel?

Pensei um pouco e olhei para ele

- Seu nome vai ser Zorel!

Ele estava com uma coleira mas estava sem nome, ela era fininha e delicada e sevia direitinho nele, me relaxei e deixei o sono me levar.

Amanheceu e Zorel estava na mesma posição que dormiu, me arrumei e ouvi vozes vindo da cozinha

- Ele é branquinho e tem uma coleira dourada.

Eu conhecia aquela voz, não dei ideia e desço com Zorel na mão, quando cheguei no final da escada dei de cara com Miranda e a Kara, meus pais estavam dormindo ainda, elas me olhou e olhou para o gato.

- Vejo que não preciso mais procurar!

Ela fez intenção de tirar o gato de mim mas dei um passo para trás e ela me olhou

- Ele é seu? Eu achei ele morrendo de fome ontem na rua sozinho e fraco sem contar que ele estava triste e com frio! Você é uma péssima dona de gatos Miranda!

- Me da meu gato Andréa!

Ela falou chegando perto de mim

- Darei com uma condição, eu posso ir visitar ele?

Ela levantou a sombrancelha e concordou com a cabeça, ela pegou Zorel e ele e se aconchego em seus braços, que gato sortudo!

- Eu chamo ele de Zorel, mas como é o nome que você deu a ele?

- Floco de neve.

Ela falou olhando para o gato, é um belo nome não poderia negar.

- Zorel? Sério?

Ela falou com sarcasmo e foi até a porta

- Não que tomar um café? Depois você vai.

- Bom, obrigada pelo convite mas hoje eu vou tomar na cafeteria da esquina, não quero atrapalhar vocês!

A mulher da janela Onde histórias criam vida. Descubra agora