Parte 36

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Sabe quando você sente que todas as suas paredes de proteção que você criou durante o tempo caem só com a chegada de uma pessoa? Isso é magnífico, mas tudo nem sempre é perfeição e quando você sente que essa mesma pessoa que quebrou seus muros e te mostrou um mundo novo e maravilhoso está em perigo você desmorona igual os muros que você criou.

Horas antes:

Mirandaaaaaaa!

Escuto a voz angustiante de Andrea me gritar, desço as escadas correndo e me deparo com a seguinte imagem.
Andrea com as mãos na barriga e uma poça de água no chão. Eu não posso desmaiar agora.

- Meu amor fica calma.

Falo a guiando para a saída e pegar o carro.

- Está doendo Miranda.

Ela estava chorando e eu não podia fazer nada, absolutamente nada.

- Addison! A Andrea está em trabalho de parto oque eu faço?

Pergunto desesperada já no carro e em ligação com a nossa obstetra.

- Fique calma...

- Aaaaaaahhhh, Miranda anda rápido!

Andrea grita em dor.

- Estarei preparada para a chegada dela, dirija com cuidado e Andrea respire e tenta se acalmar.

Depois desse momento de desespero, já estava a duas quadras do hospital.

- Miranda, eu não vou conseguir. Amor eu não vou.

Ela falou entre choro, e eu que chova no volante tentava me manter calma.

- Prometa que vai cuidar delas Miranda.

- Não fale besteiras Andrea, você vai conseguir. Nós vamos conseguir.

Falei tentando não cogitar uma vida sem ela.

- Eu não vou Miranda. Aaaaaaahhhh.

Estaciono e rapidamente os médicos a colocam na maca.

- Me prometa Miranda.

Ela falou, vejo em seus olhos sua angústia.

- Eu prometo. Você promete que volta para mim?

Ela sorriu fraco e sem sua resposta os médicos a levam para a sala de parto e eu os sigo.

- A senhorita não pode entrar aqui.

- Eu vou entrar com ou sem sua autorização.

Falei colocando a touca e a roupa especial.

- Amor fica calma.

Falei a vendo fazer força para que a criança saisse.

- Eu não consigo Miranda.

- Aaaaaaahhhh.

Novamente ela grita e eu tento ir ver mas ela segura a minha mão.

- Você não ousa olhar Miranda.

Ela falou e eu a compreendo. Com ela esmagando a minha mão escuto um choro, choro fraco e inocente e vejo um de meus bens mais precisos na mão da addison.

- Ela é linda Miranda!

Addison falou e quando olho para Andrea meu mundo desaba, ela não tinha sinais e sua pressão não estava normal. Sinto mãos me tirando daqui, olho ao meu redor e só havia sangue.

- Tirem ela daqui.

Addison fala e olho novamente para Andrea que estava sendo reanimada.

- Andrea, pelo amor de Deus Andrea! Você não ouse me abandonar! Andrea... Não me toquem! Me soltem ela é a minha mulher!

A mulher da janela Onde histórias criam vida. Descubra agora