Parte 4

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Eu já deveria saber! Faz três semanas que estou trabalhando lá e aquela mulher é o demônio, toda aula minha acontecia algo! De onde se tirou a ideia de passar pano na quadra? Não faz sentido isso! Ela está implicando comigo, mas se ela acha que eu irei cair nestas provocações ela está MUITO enganada! Hoje era dia de conselho de classe, e a amada aqui fez amizade com todos da escola exeto a esquentadinha, foi assim que eu a apelidei pois tudo que dava de errado ela ficava vermelha e brava.

Minha mãe melhorou e finalmente se juntou a nós, já pela manhã eu peguei meu carro e fui para o colégio, e lá estava a esquentadinha com cara de bunda, um bico adorável nos lábios, não posso negar que ela era bonita mas sua arrogância me faz esquecer deste detalhe e a vejo como uma sem educação que atropela pessoas indefesas na rua.

Eu sempre fui uma pessoa adorável, não no sentido ser adorável mas as pessoas me achavam adorável, as mães não tiravam os olhos de mim, algumas professoras também mas fazer oque? Eu sou linda! Todas as pessoas naquela sala me olhavam com desejo e eu via isso, menos a esquentadinha, ela me olhava com desprezo e olhava com mais desprezo ainda quem me olhasse, mas aquilo para mim era apenas um combustível, a reunião acabou e uma das mães me chamou para beber e passou o seu número, olhei para o papel sorrindo e virei o rosto, parece que eu estava até em câmera lenta, a esquentadinha me encarava com um olhar indescritível, abri mais meu sorriso e pisquei para ela, ela fingiu que nem viu e saiu da sala, alguns alunos me chamou para um happy hour que haveria em uma praia e lógico que eu iria!

Dei minhas aulas na força do ódio por que alguém que eu não quero falar o nome mandou o zelador passar tinta na quadra sendo que ela estava pintada, atrapalhando meus planos, no fim da tarde eu já estava liberada, fui para casa e meus pais tinha levado o Clarles para tomar sorvete, me arrumei como um trovão, cheguei na minha garragem e ouvi uma voz famíliar, nem dei ideia e sai com meu carro, olhei em volta e notei que a minha carteira ficou em casa, sai e quando voltei dei de cara com Anna e a esquentadinha.

- Olha só, quem está por aqui.

Anna falou com um bolo sorriso nos lábios

- Que alegria ver você Anna!

Falei e ela me abraçou

- Miranda.

Falei acenando e ela me olhou e acenou com a cabeça

- Anna, vamos!

Ela falou puchando Anna

- Calma, calma... e Andréa você mora por aqui?

Ela me perguntou e a esquentadinha a fuzilou com os olhos

- Oh, sim eu moro bem ali.

- Eu duvido muito!

Dessa vez foi Miranda que falou

- Não vejo motivos para que dúvide!

Falei a fitando, eu já saquei oque eu estava insinuando.

- Bom Andréa vamos ser sensatas, com o salário de professora, nem são tantas as aulas que você tem e este bairro bem.. não faz o seu tipo.

Ela falou vagamente e com a voz firme

- Andréa me perdoe, Miranda que indelicadeza!

- Não Anna, ela está certa! Realmente meu salário não banca nem está roupa que eu estou usando, não dá para pagar uma noite naquela casa ali mas Miranda veja bem, um dos conceitos que aprendemos nesta vida é não sair julgando por aí pois nem tudo é oque parece, se me permite Anna tenho um compromisso agora nus veremos depois?

A perguntei e vi Miranda me fuzilando com o olhar

- Sim claro! Até mais.

Acenei com a cabeça e entrei no carro foi quando eu vi elas entrando na casa em frente à minha, não era possível que a esquentadinha mora ali, mas que mundo pedido!

A mulher da janela Onde histórias criam vida. Descubra agora