13: FEVER Part.2 - I'm The One

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— PORQUE NÃO ME DISSE ANTES SEU IMBECIL?

— PORQUE VOCÊ NÃO ME DEIXOU FALAR!

— VOCÊ ESTÁ GRITANDO COMIGO? — Jung Wooyoung pegou Kim Hongjoong pelo colarinho. Como o Kim era mais baixo e mais fraco, ele acabou por ser facilmente levantado ao ar. — RESPONDA!

— Foi você que começou! — Kim Hongjoong falou num tom mais baixo por causa da situação que se encontrava, sendo jogado ao chão pelo Jung, gemendo de dor pela pancada.

— Além de perdemos a ampulheta, ela está nas mãos erradas. Tem noção do que pode estar a acontecer neste momento?

— Não! Não tem! Ninguém tem! Pare de achar que você é superior! Ele é seu líder! Pode estar fraco, mas não deixou de ser seu líder! — Choi San falou num tom alto, se colocando à frente de Jung Wooyoung, mas foi empurrado por ele, quase caindo no chão pela força bruta.

— Cala a boca, Choi San! — Jung Wooyoung estava descontrolado, e dava para ver bem. Yeosang tentou se aproximar dele, mas Seonghwa não deixou.

— Ele tem que se acalmar sozinho. Vamos para a praia. — Ele se aproximou de Kim Hongjoong, pegando pelo braço e o ajudando a levantar. — Anda, Joong.

— Joong o caralho. Esse merdinha aí acabou de cometer o pior erro que o Halateez pode cometer!

— Você cometeu erros bem antes de ser do Halateez. — Choi Jongho soltou e Jung Wooyoung jogou uma navalha nele, mas ele pegou-a com reflexos rápidos.

— Saia daqui, traidor. SAIA DAQUI OU TE EXPULSO DO HALATEEZ!

— Você não é o líder. — Foi a última coisa que Choi Jongho falou antes de ser puxado por Yeosang, que estava esperando o Choi, mas ele nunca mais vinha.

— Você não pode reclamar com ele, Jongho. Você não pode.

— Não posso o quê? Eu estou morto igual ele. Ele quis me tirar de Illusion porque quis.

— Halateez são oito.

— Ele tratou-me como uma ilusão no livro só porque eu fugi do Halateez. Eu não era feliz, ok? Agora estou morto e novamente com vocês.

— A porta está aberta, Jongho.

— Você nunca vai compreender, ok? Eu não estou aqui a fazer nada, apenas apreciando a minha reencarnação passar pela mesma merda.

— Porque esse é o objetivo.

— Eu quero sair do Halateez, Yeosang, entenda.

— Mas não vai. Você é o Choi Jongho do Halateez!

— Não. Eu sou um traidor. Peter Pan não me matou. Foi o Wooyoung que me matou porque todos nós estávamos contra o Wooyoung. Ele diz que não mudou a história, mas ele mudou.

— Não foi ele, seu idiota! Foi o Joonyoung! Foi Peter Pan que nos matou, sim!

— A VOCÊS! EU LEMBRO ATÉ HOJE DO WOOYOUNG PERFURANDO A MINHA BARRIGA!

— Ninguém te mandou ser um traidor. Só te aceitamos de volta porque o Wooyoung precisa de você por causa da sua reencarnação.

— Isso não muda o facto de eu ter sido morto pelo Wooyoung.

— Eu já falei e volto a falar, ninguém te mandou ser um traidor.

— Chega vocês dois. — Park Seonghwa se meteu entre eles. — Se vocês continuarem assim ainda vão andar aos socos.

— Querem saber uma coisa? Eu já me lembro porque eu e o Mingi brigamos. Além de eu ser um traidor. Vocês sabem que eu tive um romance com a líder. Wooyoung gostava da líder, mesmo sendo um pirralho, eu também, só que eu era um traidor mesmo. Eu e Mingi brigamos porque eu escondia coisas de vocês e eu podia ter impedido do Wooyoung ter a sua boca cortada. Foi por isso que o Mingi brigou comigo. É verdade que eu fui humilhado e maltratado, mas quando o Wooyoung teve a boca cortada eu estava lá a ver.

— Você é um filho da puta. — Jongho se virou ao ouvir a voz de WooYoung e sentiu um belo soco ser disferido em sua face. — Quero lá saber se você está morto, já que foi o escolhido para ficar bem e eu o escolhido para ter a boca cortada, vamos ficar quites. — Ele pegou a navalha que antes Jongho tinha apanhado devido ao lance do Jung. Gritos foram ouvidos, a dor mesmo depois de morto era presente, sobretudo o ódio transmitido no ato enquanto o Jung cortava a boca de Jongho, bem no estilo que tinha. As mãos ensanguentadas, os pingos caindo na areia. As ondas estavam vermelhas de novo, relembrando o Ateez das mortes das crianças. — O maior prazer que eu tive na minha vida, foi ter te morto naquele dia. Morte aos traidores, nunca ouviu?

— Eu apenas segui o meu coração.

— Eu também o segui e olha o estado da minha boca. Você agora está sofrendo o mesmo que eu sofri, porém você tem uma vantagem, você está morto. Eu tive a minha boca cortada a sangue frio enquanto vivo. Eu te odeio! Eu odeio vocês dois! Eu odeio o livro Pirate King! Eu odeio! ODEIO!

[...]

— Ai que merda. — Jongho tinha caído na quadra de basket e aberto seu lábio, que estava completamente ensanguentado. Wooyoung viu junto de Seonghwa, mas Wooyoung foi impedido por Yeosang, que sem querer apertou com um pouco de força o pulso do Jung, descobrindo mais uma vez que o vício não tinha terminado. Além do vício de fumar, Wooyoung ainda tinha se auto-mutilava. A grande ideia de Seonghwa, que se resumia em matar o vício começando outro, não deu em nada.

— Professor, posso levar Wooyoung à enfermaria?

— Mas ele está bem.

— Ele está sangrando novamente dos pulsos professor, dá para ver. Olha o moletom dele cheio de sangue. — O moletom cinzento do Jung foi substituído por uma cor vermelha viva, que deu agonia a Yeosang. O professor rapidamente foi até ao Jung, levando-o para a enfermaria e chamando o diretor, que chamou seus pais, pois os dois pulsos do Jung estavam cortados.

— Filho da puta! — Yeosang comentou se referindo a Joonyoung, que sorria divertido.

[...]

Os pés doíam, mas ela não parou. Suas vestimentas estavam ficando sujas de tanta poeira que aquele local abandonado soltava. O cheiro era horrível, mas teve que aguentar. A ampulheta na mão, o tempo estava acabando e seus pés não aguentavam mais ter que andar sempre para o mesmo sítio, sabendo já de cor e salteado por onde passou, sujando e sujando mais as suas roupas e até suas mãos.

— Te encontrei. — Ela falou e o rosto conhecido a encarou assustada. A identidade estava amarrada com um potezinho de cachorro com uma espécie de papa e água. O rosto estava inchado de tanto chorar, as pernas machucadas, os joelhos ralados. Com certeza já tinha tentado sair dali de tão vermelhos que estavam seus pulsos. Na parede estavam dias contados com sangue, aparentemente da identidade.

— Q-Quem é você? J...

— Não o chame. Desprezo esse nome com todas as minhas forças.

— Q-Quem é você!?

— Eu sou você. A minha missão é te ajudar. Depois de anos eu voltei, aparentemente fui escolhida para ajudar, mas ainda assim, eu tenho o desejo de encontrar o tesouro.

— N-Não pode.

— Eu sou parecida com você. — Tirou seu grande capuz branco, revelando seu rosto um pouco machucado, porém ainda jovem. — Olhe para mim. Eu não vou te fazer mal.

— Me solte... Por favor.

— Você ia chamar ele.

— E-Eu estou confusa.

— Obrigada por ter sobrevivido a todo o terror que sofreu nas mãos do Joonyoung. Agora eu compreendo o que o Halateez passou comigo.

Bia is Missing | ateezOnde histórias criam vida. Descubra agora