A Filha Do Amigo Do Meu Pai

Olho por olho.

-Ele passava a mão em minha cabeça me reconfortando enquanto eu sujava sua roupa com ranho suor lágrimas e sangue.

-Senhor! Senhor! Olha o que sua filha me fez.-diz o homem que quase me assediou matou em frente ao meu pai mostrando uma parte de seu braço sem carne.

Meu pai com as mãos desfez o abraço que o fiz.

-Filha! Da me  2 minutos! Ok?-pediu.

-Mata ele pai.-falo já com um sorriso.

-Vai senta -te ali, eu não quero que você veja o pai assim.-ele diz e então sem virar para trás começo a caminhar e ouvir sons como um pedaço de metal estivesse batendo num caixa de cartão.

Dava pra ouvir gritos do homem pedindo pra ele parar, mas eu também gritei e ele não tinha parado!

Sentei me então esperando por ele, era bastante óbvio que meu pai estava batendo imensamente ele e isso me deixava aliviada e feliz.

Peguei em minha cabeça relaxando o pescoço e de seguida a bochecha e sinto uma enorme quantidade de sangue reparo em minha mão e estava com bastante sangue e pedaços de vidro.

Eu estava horrível, e tinham passado os dois minutos que meu pai pediu entao eu tive que correr pois eu era sua joia preciosa e alguém tinha me magoado mais do que eu pensava, ele ia mata -ló.

Corri chegando até eles e vejo meu pai por cima do pobre coitado socando seu rosto que sangrava enquanto ele estava inconsciente.

Foi assustador ver meu pai assim tão nervoso.

-Pai! PAI!.-gritei então ele parou e olhou pra mim.

-Olha pra ele pai, chega, você tá matando ele. -digo me aproximando.

-Da no mesmo filha, este homem assinou sua sentença quando te fez isso! Olha pra você! -diz ele ajoelhando e passando a mão em minha bochecha.-Meu diamante precioso! Desculpa! Desculpa por não estar aqui amanhã mesmo vamos voltar! Vem sobe nas costas do papai vamos a clínica.

Numa troca rápida de assunto ele me coloca em suas costas e ele me leva para dentro.

Marcos narrando

Alguém tinha planeado aquilo! Alguém quer minha filha mas eu nunca tinha visto aquele homem, eu não tinha em quem confiar.

Levei—a a um hospital bem distante do hotel e felizmente ela ia ficar bem.

-Seu rosto está cheio de feridas, mas em 2 semanas vais voltar a ser aquela bela mocinha.-diz a médica saindo do quarto de hospital e nos deixando a sós.

-Clem como isto aconteceu?-pergunto enquanto ela estranha o gesso que tinha no braço.

-Eu estava dormindo! Contigo até, mas quando acordei estava no colo daquele homem, ele disse que você estava noutro lugar e em perigo e que eu devia ir com ele, eu recusei  tentei voltar ao quarto mas você não estava la, ele então queria tirar proveito do meu corpo, levou me ate ao estacionamento tirou minhas calças e...posso saltar essa parte?

-Ele não fez nada com você?

-Nao, eu tinha que parar de chorar senão quando você não estiver por perto como hoje, eu ia acabar violada ou um dia morta.

-Clem eu nem sei o Que te dizer.

-Sim! Ele disse que estava me levando pra o irmao mais velho! Pai aquele homem e o dono do hotel são irmãos e são pedófilos, coitada da Sam.

-Eles...

-Sim! Ele confessou isso quando eu falei que era menor.

-Chega! Vamos pegar o teu irmão e voltar.

-Naooooo então e como fica mãe?

Eu não tinha mais opções, não queria pôr em perigo minha Clem.-falo com um sorriso escondendo a vontade de matar alguém que eu tinha nos olhos.

-Mas pai...

-Ela vai ficar bem!-repito a parando.

Ela começou a olhar bem fundo nos meus olhos e antes de dizer uma única palavra a medica entra e da lhe alta.

Não tínhamos onde dormir não sabendo onde ia acordar.

Algumas horas depois subimos no avião e tornamos para Washington.

Fomos directamente ao hospital e ficamos na sala a espera do doutor Felipe.

Ele entra vendo só a mim e a Clem na sala.

-Onde está a Tessa?-pergunta ele bem sério.

-Ela não aceitou mas tem outro jeito de salvar ela certo?!-levantei me.

E de repente ele segura me dá gola me incostando na parede.

-Eu nunca matei ninguém da família Reynolds está me ouvindo? Você acha que é brincadeira! Você acha que a saúde dela é uma brincadeira né, venham ver como ela esta?-diz ele tirando seu braço e seguindo a porta.

-Clem fica.-digo.

-NAO! Deixa ela ver.-diz ele.

Até ali eu não percebia! E se a situação fosse tão crítica acredito que ele teria me ligado pois mesmo se fosse a força eu teria levado a irmã da Ashley pra salva -la.

Andamos e chegamos a sala de operações onde ela tinha ficado desde o dia que chegou!
Tinha um pano por cima do corpo.

-Não! Pai não!-diz Clem me abraçando e chorando.

O doutor aproxima do corpo e retira o pano me mostrando alguém diferente me mostrando uma Ashley morta, tornando meu pior pesadelo realidade, o corpo dela estava tão magro que literalmente só tinham ossos, aquela cara de anjinho tinha sido substituto por de uma velha cheia de rugas e seu corpo todo estava desgastado como se ela tivesse 100 anos e seus cabelos que perdiam a cor e partiam se.

Aproximo me lentamente e passo a mão em sua bochecha quando o doutor segura minha mão me impedindo.

-Não a toques! Podes literalmente acabar rasgando sua pele! Marcos eu desliguei o corpo da Ashley, seu coração até as células pararam de funcionar e está tudo morrendo, acho que já é tarde, um simples mal funcionamento de uma máquina e a Ashley perde a vida.-diz ele e do nada ouço o som de alguém caindo. 

-Isto é demais pra mim, minha mãe, minha mommy Ash morta? Eu não vou conseguir...-falava ela até cair em meus braços.
O doutor chega nela e sente a pulso.

-Não te preocupes, ela está em choque e bastante exausta, vamos deixa -la descansar.-diz o médico.

Desde os 17 ela esteve comigo! Já passamos por tiroteios,lutas doenças mas a tudo sobrevivemos e nunca tinha dúvidas que íamos sobreviver mas vê lá naquele estado, fez me imaginar uma vida sem ela! Somente com a Clem.

-Despeça-a! E saiba que isso é culpa sua. -Diz o médico indo embora.

Ele saiu e tive tempo de despedi -la.

Ajoelhei me ao lado da cama sem forças.

-O que você tá fazendo ASHLEY? Você me prometeu que não ia morrer até ver sua irmã!
Ash o Que eu vou fazer sem você?  19 anos juntos, lamento! Quando eu quase morri, você sempre me salvava! E agora... eu não fui capaz de fazer o mesmo!

Respiro fundo e fecho os olhos sem mais por dizer.

-Adeus!-dou alguns passos e sigo até a porta.
Pego a maçaneta e sinto alguém do outro lado, abri a porta e me deparei com uma pessoa que não esperava.

-Então? Estou atrasada?-pergunta uma doce voz.