Querida

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Ashley narrando

Estávamos andando em direção ao shopping mais próximo, eu segurava uma mão dela ao mesmo tempo me preocupava porque já tinha passado bom tempo desde que ela não falava nada.

Parei de andar e agachei me em frente dela.

-Ei Eva.—chamei, mas ela permanecia encarando os próprios sapatos.

-Eva, sou eu, a Ashley.—chamei mas continuo no mesmo então segurei o queixo fazendo a olhar pra mim.

-Porque você não fala nada?

Balançou a cabeça sinalizando que não, me deixando sem saber o que era, pois nunca conseguia intender as expressões faciais dela mas não desisti.

-Olha o que eu trouxe aqui na mala! —Abri a mesma e tirei uma barra de chocolate.-Eu levei um doce pra você.

Ela quis arrancar me mas recusei.

-Nah Nah...Antes diz obrigada.—falei.

-Obrigado.—falou amedrontada e tão insegura que me deixou triste.

-Toma. —esbocei um sorriso falso e me levantei e o meu celular tocou.

Ligação on

-Oi com quem falo?

-Sou eu! O teu pior pesadelo.—era voz tão grossa que me deixou com muito medo.

-Me...meu... pior pesadelo?—perguntei.

-Desculpa desculpa mãe eu me esqueci que você estava com medo de alguém raptar você.—falou Clem.

-Mas!—continuamos a andar.—Olha eu até percebo que você não tenha educação connosco mas mesmo em casa do teu avô?

-Supera!—respondeu.

-Su que? Adiante, eu tenho uma surpresa pra você!

-Serio? O que voce pode me dar! Que o avô não pode?

-O que? Amor de mãe sua anta! Mas adiante eu tenho uma irmanzinha pra voce?

-Serio? —Perguntou com um ar sarcástico.

-Não é mentira! Olha to com saudades suas sabe! Venho levar você nesse final de semana daí você conhece sua irmã.

-Não, meus avós vão levar me ao parque, eu sou uma menina muito ocupada, verei na minha agenda se tenho tempo pra voce!

-Que?—comecei a rir.—Virou mocinha agora?

-Tchau mãe, to com fome já que tenho celular vou pedir uma pizza ou melhor 10 hambúrgueres de novo..—desligou me na cara.

Pessoas assim devem ter nascido do c*

Fomos ao salão cuidar do cabelo dela, ao shopping e ao restaurante.

Ela não reagiu a nada, nem um sorriso nem choros,    Estava quase anoitecendo então decidi voltar.

Estavamos passando uma loja de brinquedos quando ela solta a minha mão e corre entrando nela.

Segui-a então.

-Solta isso garota, isso não é pra você... você nem devia estar aqui. —dizia uma trabalhadora tentando arrancar um carinho dela.

-E posso saber o porquê que ela não pode estar aqui? —perguntei franzindo a testa.

-Não é lugar pra uma menina como ela.... —arrancou o brinquedo e Eva começou a chorar.

-Sabe, minha vida foi sempre tão intensa que eu tirava uma arma da bolsa e atirava em voce...—fui pegar no brinquedo e devolvi assim ela parou de chorar.

A Filha Do Amigo Do Meu PaiOnde histórias criam vida. Descubra agora