Recuperando

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-Eles chegaram a te obrigar a fazer sexo? -perguntei desesperado.

-Nao, eles não chegaram a esse ponto por sorte! -respondeu Ashley limpando as lágrimas.

-Mas então como dizes que eles te violaram. -perguntei baralhado.

-Marcos, aquilo foi horrível, eles me despiram e começaram a beijar e a tocar em todas partes do corpo, por sorte eles pararam porque alguém bateu a porta, neste momento me sinto suja, me sinto como uma prostituta. -disse ela chorando e evitando olhar me nos olhos.

-Nao Ashley não digas isso não foi nada disso tu não tiveste opção. Segurei a mão dela.

-Sim, desculpa mas sim Marcos, eu acho... Acho... Que já não tenho coragem de casar contigo. Disse ela se levantando da cama.

-Ashley não, não penses assim, casando nos não estamos a unir os nossos corpos mas sim nossas almas.

-Da no mesmo Marcos, procura alguém melhor. -disse ela indo em direção da porta.

-ESPERA, quem vai cuidar de mim se voce está me abandonando.,-falei de voz baixa como se estivesse pra chorar.

-Nao te preocupes, o mínimo que posso fazer por agora, é cuidar de ti. -disse ela que saiu porta fora.

-Ashley não!
Deitei me na cama novamente.
-Ate que ponto sou inútil, não só larguei a mão da Ashley como também não fui forte suficiente pra aumentar a auto-estima dela.

Ela abriu a porta do quarto e voltou mais triste ainda,  mas antes que eu possa perceber.

-Ashley, pensaste melhor?

-Eu queria Marcos mas não posso, mas estou aqui porque não tenho pra onde ir.

-Então senta-te aqui ao meu lado.-voltei a sentar me na cama.

Ela veio e sentou ao meu lado.

-Lembraste a uns anos atrás quando lutei com alguém e acabei com a perna furada.

-Sim lembro-me.

-Lembraste que eu queria voltar pra Brasil?

-Sim, ambos estavamos muito embaixo naquela época.-disse ela sorrindo limpando as lágrimas.

-Sim,  tu estavas muito triste, triste pela morte do teu pai, mas mesmo assim, eu era quase desconhecido mas tu tiveste tempo pra mim, tu me fazias companhia, tu cuidaste de mim sabes porque? porque tu és forte Ashley, eu só tenho força pra bater em pessoas e tu tens esse afecto essa força mental que eu não tenho eu desistiria de fugir e teria me entregue mas não queria deixar de estar com a minha alma gémea , nós fomos feitos um para um outro não importa o que aconteça eu só seu e tua sempre serás minha. -declarei-me segurando a mão dela enquanto ela chorava mas dessa vez de alegria.

Ela abraçou me com força.

-Au, au au. -reclamei de dor.
-Oohh, desculpa, te apertei um pouco demais mas, obrigado Marcos, tu foste a melhor coisa que me aconteceu. -disse ela me abraçando novamente mas sem tanta força e eu retribuindo.

Alguém chegou e abriu a porta.

-Senhorita Ashley peço um minuto. -disse um medico com uns papéis.

-Claro pode falar. -disse ela seria e sentando direito.

-Acho melhor falarmos a sós, o paciente ainda está recuperado. -redigiu o médico.

Ashley olhou pra mim

-Vai Ashley porque pelo menos sei que hás de voltar. Então ela saiu com o médico.

5 minutos depois ela voltou, pouco embaixo.

-Entao, do que falavam? -perguntei.

-hhhaa nada de importante, não te preocupes Tu vais ficar bem. -disse ela me dando um beijo na testa.
Depois ela foi até a janela e abriu as cortinas.

-Olha só Marcos, já está amanhecendo, perdemos a noção do tempo, enfim um novo dia chegou, eu to indo perto arranjar alguns medicamentos pra voce que o médico receitou.-disse ela saindo do quarto. 

-Como se estamos zerados? Pelo menos agora está tudo bem. -suspirei, deitei me na cama e dormi.

Acordei olhei pela janela e percebi que já estava anoitecendo e Ashley não tinha voltado.

Ela entrou no quarto cansada com a bolsa remédios e um outro plástico.

-E porque a demora? -perguntei me esticando.

-Fala a pessoa que passou a tarde dormindo, deixa isso Marcos, então, estas com fome? Trouxe algo pra você comer. -disse Ashley sentando ao meu lado e abrindo o plástico com a refeição.

-Muita.

-Abre a boca então. -disse ela.

-Estas maluca? Eu ainda consigo comer.-falei.

-Oh sério? Okey vai. -Disse ela me entregando o prato com comida.

Eu tinha gesso no braço direito então os movimentos eram reduzidos, tentei agarrar o garfo mas não consegui. Ashley do lado se matando de tanto rir.

-okey okey, podes me dar comida na boca. -cedi.

-okey abra a boquinha então. -disse ela me dando de comer.

-Entao como fizeste pra arranjar dinheiro pra isto tudo se eles levaram a mala. Perguntei.

-Achei a rara árvore de dinheiro.-disse ela sorrindo.

-Ha ha, que piada, serio Ashley como fizeste.

-E como tu acabaste a comida toda Marcos, era pra nós dois. -disse ela espantada.

-Serio?  Desculpa Ashley, mas também você que estava me dando de comer. -murmurei de braços cruzados.

-Brincadeira, te apanhei, agora me dá um tempo, fica com minha bolsa que tenho que tomar banho, sorte que pedi este quarto com espaço pra acompanhante. -disse ela indo ao banheiro.

Onde será que ela arranjou aquilo tudo?
Talvez lhe deram né?  Se Japão isso acontece porque aqui não.

Então olhei pra bolsa dela e vi um recibo.
-Hum? Peguei o papel e comecei a ler. A comida custava 20 dólares, os remédios 40 e o valor do meu tratamento 100.

-Hhumm isso tudo?  Onde será que ela apanhou dinheiro pra isso.

E de repente ouvi o som dos passos dela vindo em minha direção, rapidamente guardei o papel na bolsa e fingi que estava assitindo o noticiario.

Ela saiu usando os cálcoes que a comprei e uma camisola, e chinelos coçando a nuca e com uma expressão confusa percebia se que estava pensando em algo.

-Entao o que aconteceu dessa vez?

-Nada nao, coisa de rapariga mesmo? Em que dia estamos?

-26 Ashley.

-Droga é hoje mesmo.

-O que foi Ashley isto está se tornando chato.

-Esquece, mas vai encosta ai,  e desliga a televisão que a gente ainda não entende nada.
Desliguei, ela veio deitar ao meu lado e se cobrindo com o mesmo lençol que eu, ela pegou no celular e colocou filme.

-Ashley, quando é que eu vou receber alta?

-Daqui a alguns dias Marcos por aí 4 dias, esses medicamentos vai te ajudar bastante. -disse ela pegando no celular.

-Otimo, não vejo a hora de me vingar. Pois cá se faz, cá se paga.

Atenção:Eles nao podiam pedir o dinheiro a família porque não podiam saber sobre o antecedido, obvio.

A Filha Do Amigo Do Meu PaiOnde histórias criam vida. Descubra agora