O mal de mim

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Marcos narrando

Eu estava a duas semanas preso como um animal selvagem, comia e via alguma televisão durante o dia. De noite só podia dormir, eu matava-me de pensar o que fizeram com minha filha, com meu recém nascido Alex e como estava Ashley.
Todos eles estavam indefesos, infelizmente eu também.

-Aí! Tu ainda não pensaste melhor? Não pretendes abandonar tua filha? —pergunta o guarda que me controlava. —Estou cansando de te controlar.

-Você não sabe o que ta falando! Eu nunca vou desistir da minha filha, mesmo que se passem anos.-digo falando na grade da cela.

-Você que sabe.-diz ele apagando as luzes, pois era hora de dormir.-deitei -me e não fazia ideia porque o Renato não veio ajudar -me ainda.

Tentava dormir mas quase sempre tinha pesadelos, como se a Clem estivesse presa num quarto escuro com animais ferozes prontos a mata -la e devora -la assim que ela fizesse algum barulho.

Do nada no meio da noite ouço gritos de criança e logo desperto.

-ALEX...-digo sentindo a presença dele por perto, aproximo até as grades da cela e pego nelas, assim que as toco sinto que ela abrindo com o simples toque.

Abro a cela devagarinho, era altura de pegar no meu bebé e fugir.

Andei lentamente seguindo os choros, virando em esquinas e ali percebi quão grande era aquele lugar.
Aproximava-me do meu bebé quando ouço ele chorar mais intensamente do outro lado de uma porta e abro assustado. E quando o faço vejo 4 guardas olhando pra mim segurando bastões e nada mais.

Ficamos uns 2 segundos olhando um para o outro quando tomo atitude e fecho a porta e saio correndo.
Logo depois eles correm atrás de mim e um alarme soa juntamente com luzes vermelhas piscando exatamente como uma fuga da prisão.

Aquele sítio era um verdadeiro labirinto e infelizmente cheguei em um dos seus becos sem saída.

-Vocês fizeram isso de propósito.-digo me posicionando pra lutar, mas eu já estou velho pra essas coisas.

-Ta gostando de viver aqui é? Somos obrigados a controlar-te 24/24 deixando de ver nossas famílias.-diz um dos guardas se aproximando com o bastão.

Eles não iam fazer um acordo comigo nem a pau, queriam só bater -me pra aliviar a raiva que sentem de mim.

Vieram os 4 correndo em minha direção e não podendo fazer muito segurei numa cadeira que tinha ao meu lado e corri contra eles.
Chego perto e como a cadeira era grande acabo os empurrando antes de me baterem com os bastões.

Dois deles caem no chão, solto a cadeira e enquanto os dois vinham desarmei um deles com um chute de capoeira, era fraco. Segurei em seu corpo e o atiro pra cima dos dois no chão antes do último chegar até mim.
Pego no bastão no chão e acerto na bola do último que era bem mais lento e gordo que os outros três.

Eles estavam nocauteados e como por magia eu sai ileso, não era magia, passei a vida toda lutando, indo a academia e treinando pra momentos como este.

Era hora de fugir daquele lugar.
Mas tive que ter a certeza que eles não me seguiam infelizmente não tinha cordas ou algemas.

Então decidi ir embora mesmo assim mas logo me recordo que não sabia como sair dali.

-Eu não sei como sair daqui! Portanto é hora de dormirem.-digo indo até eles.
Seguro na nuca de um deles que tava sangrando a boca por causa da cadeira que quebrou seus dentes.

-Não é pessoal.-digo, fecho o punho e dou um soco bem violento em seu rosto o fazendo desmaiar.

-Ahh!-gemi de dor pois aquilo doia imenso, ter que fazer o crânio tocar o cérebro.

A Filha Do Amigo Do Meu PaiOnde histórias criam vida. Descubra agora