Sob o brilho de seus olhos

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Uma violenta onda de desejo, exigente e urgente avolumou-se dentro dela. Himawari pousou as mãos sobre as de Kawaki que apertavam com firmeza seus seios como se tivessem a intenção de esmagá-los. Pendeu a cabeça para trás, apertou os olhos e mordeu o lábio inferior.

Seu corpo lânguido e suado se movia em harmonia aos movimentos dos quadris dele. Ela gemeu e tornou o ritmo ainda mais intenso, a profundeza de sua feminilidade aguardando com ansiosa paixão.

Por outro lado, Kawaki acomodou-se mais contido, antes dela acelerar os movimentos. Por um instante, pensou que fosse perder o controle e agarrou os seios com deliberada força, rangendo os maxilares e pendendo a cabeça de encontro ao travesseiro.

Himawari lhe tirava o fôlego e testava sua capacidade de suportá-la cavalgando e ralando contra o membro enrijecido com tanto vigor. Ele sabia que não poderia decepcioná-la, mesmo que suas atitudes em tratá-lo como mero escravo sexual já eram insuportáveis. Como um tolo acreditava que cedo ou tarde pudesse notá-lo com mais sensibilidade, mas suas frustradas tentativas eram sempre nulas.

Ela gemeu com mais fulgor, os corpos fundindo-se num contato íntimo fervoroso. Kawaki atreveu introduzir o dedo indicador na direção do ânus, na medida em que, sentiu-a estremecer e soltar um gemido mais intenso.

O orgasmo arrebatou e levou o nome de Himawari aos lábios, que agarrou-se a ela enquanto sentia o corpo contrair-se em espasmos convulsivos.

Exausta, Himawari rolou para o colchão de penas e olhou para o teto, seu peito subindo e descendo. Gotículas de suor brotava sobre a testa de ambos, enquanto o aposento era dominado por um calor ardente e cheiro de sexo.

Permaneceram em silêncio por alguns instantes, as batidas do coração normalizando, a cadência das respirações tomando um ritmo normal.

Kawaki olhou para ela. Himawari não disse as palavras que tanto aguardava. E por que as diria? Mais do que ninguém sabia qual era o seu lugar nos caprichos dela.

Por sua vez, Himawari sentou-se e buscou o vestido turquesa nas laterais da cama. Vestiu-o e envolveu com rapidez as alças nos ombros delicados antes de se levantar.

— Já pretende me deixar tão cedo?

— Bem, preciso receber meus convidados. — ela respondeu, indo de encontro a cômoda ao lado. Retirou a sacolinha de cetim e jogou na cama. — Isso deve pagar seus serviços.

Uma raiva foi se avolumando dentro dele, à medida em que olhou para sacolinha de cetim e depois para ela.

— Oh, é verdade, precisa ir. — ele falou, insolente. — Sei que pretende passar a noite nos braços daquele babaca do seu primo.

Himawari aproximou-se dele, os olhos azuis ainda brilhando de satisfação por admirá-lo no auge da protuberância masculina.

— O que faço não é da sua conta. — ela respondeu com um sorriso cínico nos lábios.

— O que você viu naquele sujeito? Ele tem idade de ser seu pai.

— Mas não é. — Himawari rebateu. — Agora pegue as moedas e deixe os aposentos. Há um guarda à sua espera.

Antes que ela seguisse na direção da porta, estagnou abruptamente no meio do caminho. Virou-se e o encarou com uma sobrancelha erguida.

— Aquele gladiador, Grego. Sabe se alguém o escolheu esta noite?

Dominado pela raiva, não teve noção da tolice que fazia. Tomou-a nos braços e puxou-a contra si.

— Não me pergunte sobre ele.

Himawari olhou vagarosamente insatisfeita rumo à mão que envolvia seu braço.

— Au. — ela emitiu com fingida inocência, seus olhos azuis agora cravados nele. — Como ousa tocar-me dessa maneira? Quem lhe deu esse direito?

O gladiador de PompéiaOnde histórias criam vida. Descubra agora