5. O que lhe foi negado

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5. O que lhe foi negado

_Professor Snape. -Cumprimentei ao adentrar sua sala. Sendo recebido pela expressão irritada homem, que não parecia nada feliz ao me ver.

_Espero que tenha acontecido algo realmente grave para aparecer em meu escritório neste horário, Sr. Potter. -Disse lentamente e só então reparei que não estava em suas vestes costumeiras, mas usava uma blusa de botões pretas e calça jeans, que realçava bastante seu corpo esguio.

_Horário, Professor? -Perguntei confuso. Então o vi erguer a varinha e sussurrar um Tempus, mostrando que já se passava das 23h. O olhei mortificado ao finalmente perceber que já havia passado do toque de recolher. -Eu eu não

_Venha, Potter, seu balbucio ininteligível está me deixando com sede. -Chamou enquanto se encaminhava para aquela porta escondida, abrindo-a em um convite mudo. Entrei pela primeira vez em seus aposentos.

Havia uma parede repleta de livros, em frente á lareira entre uma mesinha, encontrava-se um sofá e uma poltrona marrom, um grosso tapete preto cobrindo o chão. Havia mais três portas fechadas, onde presumir ser seu quarto, banheiro e uma sala de fermentação pessoal. Uma grande mesa ficava no canto, repleta de pergaminhos, penas e potes de tintas. Então era ali que recebíamos nossos comentários mordazes sobre a lição de casa.

_Já terminou a Inspeção, Potter? -Perguntou irritado. -Não importa, sente-se e me explique o que faz aqui neste horário. -Ordenou, apontando para o sofá e se sentando na poltrona. Mirando-me com aquelas obsidianas.

_Me desculpe, Senhor. Não percebi que já era tão tarde. -Comecei mexendo inquietamente com as mãos. Não entendia porque me sentia tão nervoso. Snape convocou um bule de chá, nos servindo, em silêncio. Peguei tomando um gole agradecido por ele não está me pressionando. Respirei fundo, continuando. -Consegui encontrar as respostas que queria no livro e queria lhe devolver o quanto antes. Acho que acabei me animando demais.

_Tudo bem, mas o que poderia lhe deixar tão animado? -Perguntou já tendo uma certa noção do que poderia ser, mas querendo a confirmação. Nunca admitiria isso, mas estava preocupado com o esverdeado, já havia ouvido pelas conversas dos outros Grifinórios que o mesmo sumia muitas vezes durante longos períodos de tempo e ninguém parecia saber onde estava.

_Descobri o segredo do ovo. E consegui ouvir o cântico das sereias. -Falei animado por poder contar a alguém, me sentia orgulhoso de ter desvendado a pista em menos de duas semanas.

_E onde mergulhou o ovo se não podia usar o banheiro dos monitores? -Questionei, acabando com sua alegria ao vê-lo empalidecer. Por um momento me senti mal, mas esta era a única oportunidade que teria para descobrir se estava se colocando em risco. -Não está sindo das dependências da escola ou está, Sr. Potter?

_Claro que não Professor. -Neguei rapidamente e não sei porque me sentia decepcionado por ele pensar que eu faria algo assim. Claro que dado o passado, seria o adequado, mas imaginei que nossa relação estava mudando.

_Só quero saber onde vai quando some. Você poderia se machucar e ninguém saberia, Sr. Potter, o que aconteceu muito desde seu primeiro ano aqui. -Explicou ao ver a expressão magoada do outro. Algo dentro de si se contorcia ao ter aquela dor lhe direcionada.

_Tudo bem. Vou te contar, se prometer não revelar a ninguém. -Propus, porque era bom ouvir que vivo alguém se importava com meu bem-estar. Com sua confirmação continuei, cauteloso. -Descobri este cômodo há algum tempo. É especial, ela se torna no que precisamos e é conhecida por vários nomes: Sala vai e vem, sala dos achados e perdidos, sala precisa. Estou indo para lá na maior parte do tempo, para estudar. -Terminei vendo seu olhar incrédulo.

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