12. Preparações

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12. Preparações

Enquanto esperava pela resposta de Ragnook, com um bilhete dizendo que precisaria conversar comigo, o Diretor pediu para encontrá-lo em seu escritório. Depois de meses fingindo que não existia, me deixando enfrentar provas letais sem nenhuma instrução e os julgamentos dos outros alunos, ele quer conversar. Ainda não consigo entender como o mesmo pensa ter alguma autoridade sobre mim, após tudo que foi revelado durante a reunião com os Governadores, o Diretor realmente acredita que suas compulsões ainda funcionariam? Que narcisista.

_Como tem estado meu garoto? -Perguntou em seu tom complacente de avô.

_Bem, obrigado Diretor. Há algo em especial para ter me chamado aqui, Senhor? -Perguntei fingindo confusão, quanto mais rápido irmos direto na questão melhor.

_Claro, meu menino. Eu apenas queria me desculpar em relação ao testamento dos seus pais. Mas devo dizer que fiquei bastante triste por você não ter me procurado quando os Goblins lhe disseram sobre. -Lançando um olhar decepcionado em minha direção continuou. -Há uma razão pela qual você deve ficar com seus parentes de sangue. É o sacrifício de sua mãe que impede os Comensais que podem querer vingança de te encontrar.

_Desculpe Diretor, mas não vejo razão de lhe falar sobre algo particular que não tem ligação com a escola. E sobre minha moradia, não voltarei para meus parentes, eu lhe disse várias vezes como sou tratado, elas não me protegem do mal que eles me fazem. -Falei tentando controlar a raiva enquanto vários feitiços de compulsão e tentativas de ler minha mente eram lançados em mim.

_Não exagere meu garoto, sempre há pequenas divergências em um ambiente familiar, nada que uma boa conversa não resolva, mas as proteções de sangue é a única coisa que realmente lhe mantém a salvo. Por isso preciso insistir que retorne para seus Guardiões nas férias. -Desta vez consegui sentir um feitiço realmente potente, minha magia começou a se soltar em retaliação, entretanto consegui impedi-la, agora não era o momento. Levantei meus escudos mais fortemente, bloqueando as emoções tumultuosas.

_Meu Guardião Mágico e Trouxa é o Professor Snape, então ficarei com ele. Nada do que disser me fará mudar de ideia, Senhor.

_Muito bem, eu não queria ter que revelar isso, mas Harry, Severus é um Comensal da Morte, mesmo que ele tenha trabalhado como espião para mim no final da Guerra, não sabemos onde está sua lealdade. -Disse com um ar triste, este maldito velho manipulador está usando a desconfiança que sempre senti no passado para me afastar de Snape. A cada palavra que sai de sua boca meu desejo de fazê-lo sofrer apenas cresce. -Você pode não estar seguro com ele.

_Diretor, o Senhor afirmou várias vezes que confiava no Professor com sua vida, então creio que estarei seguro. E como acabou de falar, ele trocou de lado, arriscando sua vida sendo um espião, não vejo razão para desconfiar de sua lealdade. -Afirmei dando um fim neste assunto e pareceu perceber pois mudou de tática.

_Muito bem, meu garoto, há outra coisa que gostaria de discutir. -Então retornando aquele tom de avô, os olhos parecendo decepcionados e cansados, recebi um sermão sobre como estava tratando meus colegas de casa, bem como uma insinuação de perdoar e reatar amizades, pois não sabemos quando algo ruim pode acontecer com as pessoas.

Como se eu me importasse com o que acontecia com Granger ou Weasley. Ficaria imensamente satisfeito com qualquer carma que ambos recebessem.

Resumindo, ele jogou sua vontade em mim, esperando que caísse como sempre em suas manipulações. Eu apenas olhei em seus olhos, sabendo que os anéis protegeriam de qualquer invasão á minha mente. E disse com todas as palavras que não tolerava traição. Saí satisfeito, deixando o velho frustrado.

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