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6. Re(Começo)

6. Re(Começo)

Enquanto andava pelo castelo me lembrei da segunda prova, encontrei uma forma de adentrar o lago. Uma planta que faria ter guelras. Porém era rara e não sei se chegaria a tempo. Só havia um local onde poderia conseguir. Laboratório de Poções. Poderia pegar escondido e repor depois. Ou simplesmente pedir a Snape. Talvez uma pele de basilisco ou um pouco mais de veneno ajudasse? Não custava nada pensar, sempre poderia fazer uma encomenda usando seu nome em caso de extrema urgência.

Faltava apenas cinco minutos para o professor encerrar seu horário de atender aos alunos quando bati à porta. Desta vez não houve exitamento após o entre, mas havia aquele arrepio e um friozinho na barriga que não entendia de onde vinha.

Os olhos ônix pousaram nas esmeraldas, demorando-se na face jovem, antes de voltar a corrigir os trabalhos. Já acostumado, o Grifinório se sentou em frente ao professor, observando-o, cada movimento e pequenas contrações do rosto eram arquivadas em sua mente. Um canto que ele não percebeu ter colocado apenas para o pocionista.

_O que posso fazer por você hoje, Sr. Potter? -Perguntou em um tom quase cordial. Uma forma agora normal do mais velho lhe tratar quando não havia ninguém por perto.

_Eu preciso de Guelricho, pode me arrumar, Senhor? -Pediu, as mãos retorcendo sobre o colo. Já se preparando para utilizar qualquer tipo de troca que precisasse.

_A segunda tarefa? -Questionou sem esperar uma resposta, balançando a cabeça. -Tenho apenas duas dosagens. Devem durar pouco mais de uma hora.

_Obrigado Senhor. Vou encomendar na farmácia e repor em seu estoque. -O agradecimento foi sincero e cheio de alívio, mas como sempre foi descartado com uma pequena zombaria. Agora tinha menos uma tarefa para terminar. Poderia se focar em seus estudos privados, queria aprender tudo sobre política e o Wizengamot para começar a fazer seu papel de Lord no próximo ano, pois sentia que seria necessário. E sempre seguia sua intuição.

_Você acha que pode conseguir mais um vidro do veneno de basilisco? Eu pagarei o que for necessário. -Perguntou e Harry poderia jurar que havia um tom ansioso em sua voz. Parecia que estava começando a entender seu enigmático professor.

_Eu posso olhar no inventário, mas a visita para Hogsmead foi hoje, então não sei quando será a próxima. -Falei tentando achar um jeito de descobrir para que Snape usou o veneno. Mas é claro que não conseguiria me esgueirar sobre o Sonserino mais sorrateiro que já conheci.

_Posso esperar até lá, Sr. Potter. Mas se puder me dar a resposta antes, eu realmente preciso desse veneno. Estou perto de completar minha nova poção. -Falou animado. Fiquei ainda mais intrigado e quase questionei sobre, felizmente consegui controlar minha curiosidade a tempo. Não poderia retroceder na aproximação que já fiz.

_Tudo bem, Senhor. Te dou uma resposta até o dia da tarefa. O que me lembra, fui a Gringotts hoje. Queria saber se meus pais deixaram alguma carta para mim nos testamentos. Fiquei surpreso ao descobrir que tinha sido lacrado e nunca foi aberto. -Comentei esperando ver sua reação e não me decepcionei com seu rosto espantado antes de ser mascarado.

_Ninguém leu as últimas vontades de seus pais? Essa é a primeira coisa que os Goblins fazem depois da morte de um Bruxo, principalmente se deixam crianças menores. -Questionou confuso com o descuido dos duendes. Eles eram perfeccionistas demais para permitir qualquer falha, principalmente se pudesse deixar uma mancha na reputação que se orgulhavam de possuir, principalmente levando em conta a quem tal erro foi cometido, o nome de Harry Potter tinha peso.

_Ragnook explicou que no mesmo dia meu tutor legal que também era a pessoa designada a ler suas vontades, selou os testamentos. Como as coisas ficaram caóticas por causa da queda de Voldemort, ficou esquecido em meio a tantas mudanças. -Expliquei ao perceber sua atenção sendo direcionada para a pessoa errada. O vi engolindo em seco quando as constatações do que disse lhe atingiu. Talvez, Snape possa realmente estar ao meu lado contra Dumbledore? Não custa tentar pressionar por respostas sem me entregar.