Grindeldore - My Gift and My Curse

Cap 4

Já faziam 5 dias desde que eu começara minha "parceria" com Gellert. Era interessante como tínhamos muito em comum, não nego que em certos momentos eu ficava meio constrangido, ele era 2 anos mais novo e estava quase no mesmo nível que eu.

Tudo bem, eu não posso ser bom em tudo, certo?

Mas não era só isso. Não, não era. Grindelwald havia se mostrado uma pessoa muito solta, ele não pensava muito antes de falar. Não se importava se o que ele fosse dizer soava rude, grosseiro, ou até mesmo maldoso para as outras pessoas, ele só dizia. Ele se bastava sozinho, eu havia percebido isso.

Ele era um homem de cabeça feita, não tinha vergonha de quem era, tampouco tinha receio dos seus planos. Ele era determinado, ambicioso, astuto, calculista, sério e sedutor ao mesmo tempo.

"Merlin, isso é tudo que eu sempre quis em alguém. Merlin! Eu sou exatamente como ele!"

Três batidas na porta de meu quarto foram suficientes pra me tirar dos devaneios.

-Entre, Aberforth. -Falei colocando meu livro de Legilimencia em cima da cama e me levantando.

-Como sabia que era eu? -Perguntou se encostando na batente da porta e cruzando os braços.

-Ari bate na porta de uma maneira muito mais suave. Mas me diga, do que vc precisa?

-Bom... Digamos que, que eu não estou sabendo finalizar uma tarefa de poções e... Será que vc...

-Não seja tão orgulhoso, Aberforth, se precisa de ajuda é só pedir. Fui o melhor em poções, é óbvio que eu te ajudo.

-E tá aí o motivo pelo qual eu detesto pedir ajuda pra vc. Vc e esse seu ego inflado.

-Onde está Ari? -Perguntei ignorando a ofensa de Abe, descendo até a sala que era onde ele estava estudando.

-Está no quarto lendo. Dei o meu antigo livro sobre criaturas mágicas pra ela.

Assinto com a cabeça enquanto me sentava no chão ao lado do mais novo, começando a lhe ajudar com o dever.
Não era algo difícil, era só uma redação sobre alguns usos de sangue de unicórnio, raízes carnívoras e chifre de erumpente. Fácil.
[...]

-No fim é considerado um crime terrível matar um unicórnio, por isso é de certa forma proibido e-

Parei assim que uma coruja pousou na batente da janela com uma carta em seu bico. Me levantei ainda confuso e peguei o envelope.

-Cartas aqui? De quem é, Albus?

-Não sei, Aberforth, que tal esperar eu abrir?-Retruquei e o mais novo fechou a cara.

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Albus

Sei que é estranho eu estar lhe mandando uma carta, sendo que somos vizinhos. Mas vc não me disse nada sobre eu poder ir a sua casa ou não, então creio que o meu motivo é compreensível.
Me encontre na orla da floresta em meia hora e leve sua varinha. Até logo.

Seu novo parceiro
Grindelwald.
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-É do Gellert, vou me encontrar com ele daqui a pouco. -Guardei a carta no bolso, enquanto Abe levantava com uma expressão irritada.

-Mas daqui a pouco vai estar escuro, Albus e... Sério? O Grindelwald de novo?

-Relaxa, Abe, eu sei me cuidar. E o Gellert é meu amigo.