𝟎𝟐.

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LILITH

- Eu não estou com fome. - falei enquanto vincent coloca um pedaço de lasanha no meu prato.

- Você vai comer sim. - falou parecendo minha mãe.

- Odeio quando você me obriga a comer. - falei, fuzilando ele com o olhar.

- Tem alguma coisa em mim que você não odeie, por acaso?

- Não. - falei e me levantei. - Vou para meu quarto, minha cabeça está doendo.

Ele segura meu braço e me entrega o prato de comida.

- Você ainda está em choque com o que aconteceu, eu te conheço. Come e toma um remédio. - falou calmo.

Suspirei pesado, me dando por vencida.

Na manhã seguinte, acordei cedo e me arrumei.

Estava a caminho do meu escritório junto com vincent.

Ao chegarmos, vincent desce do carro e dá um 360°, verificando se estava "tranquilo" para eu podesse descer.

- Deixa de besteira, vincent. - falei, abrindo a porta e saindo. Ele me manda um olhar feio.

- Não faça isso, você sabia que pode ter alguém apenas te esperando para te acertar com uma bala na sua cabeça? - pergunta bravo.

- Tão delicado. - falei, dando um sorriso forçado. - Já procurou um psicólogo? Você está ficando neurótico.

Passo pelo hall da empresa com o vincent a alguns centímetros atrás de mim. Fomos para a minha sala, e eu comecei a ver alguns papéis.

Ele tinha mania de ficar em pé grande parte do tempo, e eu odiava isso, me dava agonia.

- Senta, vincent. - falei, olhando de rabo de olho.

- Não fui contratado para ficar sentado, Srt. Collins. - ele fala em um tom formal, apenas de deboche.

- Porra, chegamos aqui há uma hora e meia, e você ainda continua em pé. Você sabe que as janelas são a prova de balas e se alguém entrar aqui, você vai saber, né? - pergunto óbvia.

- Deixa eu fazer meu trabalho, por favor? Ontem sofremos um leve atentado, sorte que ninguém se feriu.

- Fale isso para aqueles mortos...

- Pessoas de bem, lilith.

Preferi continuar focada no meu trabalho e esquecer que vincent estava ali. Ele não saía de perto um minuto, o único momento que e tinha sozinha era no banheiro.

O dia passou tão rápido que eu nem percebi, quando deu meu horário de ir embora fomos para o estacionamento e seguimos para casa, mas tivemos um problema no meio do caminho.

- Segura firme! - vincent falou. Olhei pelo retrovisor e vi dois carros nos seguindo.

Ele acelerou o carro na tentativa de dar fulga, nós acabamos nos afastando da cidade. A fulga foi concluída, mas segundo ele, nós não podemos voltar agora, pois podemos dar de cara com eles novamente.

Vincent em direção à cabana dos nossos pais, perto da praia. A sorte é que sempre vinha pessoas para limpar, pois está limpinha.

Ele está puto, é visível. Ele liga para meu pai e conta tudo o que aconteceu, ele sempre conta tudo ao meu pai.

Recebo uma mensagem do Anthony.

Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece!

Anthony foi o responsável por enfeitar minha cabeça de chifres, sofri igual uma retardada por aquele merda, e quanto eu estou maravilhosamente bem, ele manda mensagem... É de foder viu.

MEU SEGURANÇA - VINNIE HACKER  ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora