Agradeçam fenix_manca pela fé em mim sempre, pois essa encomenda foi toda dela! OBRIGADA xuxu.
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Eu não acreditava em amor à primeira vista, nem em ódio à primeira vista. Mas tudo isso mudou quando Oikawa Tooru veio fazer uma entrevista para trabalhar no meu bar. O "Terapia" foi criado com a premissa de ter boas conversas de bar, então a escolha da equipe era bastante crucial. Eu normalmente fazia esse tipo de conversa numa das mesas, mas quando Oikawa chegou, ele foi direto para um dos divãs como se estivesse em casa.
- Tudo muito bonito e elegante por aqui, sua decoradora fez um ótimo trabalho.
Naquele instante eu o detestei pois era óbvio que ele estava insinuando que alguém como eu, baseado única e exclusivamente na minha aparência, não teria capacidade para decorar o lugar, o que era horrível, pois no meu caso ele estava completamente certo. Ao mesmo tempo que falava, ele se reclinou no divã como se fosse realmente fazer uma consulta com psicanalista, e eu deixei rapidamente meu ódio de lado para amar como as pernas incrivelmente longas dele simplesmente ficaram pra fora do móvel.
- Eu seleciono muito bem todos que vão trabalhar comigo. - falei um tanto ríspido, tentando esconder outros sentimentos.
- Ah, é? - Oikawa disse se sentando novamente, interessado. - Você tem algum método? Que tipo de perguntas você faz?
Eu não consegui evitar franzir as sobrancelhas. Mais do que já estavam.
- Não deveria ser você respondendo as minhas perguntas?
Oikawa riu. Um riso fabricado certamente, mas o jeito que ele jogou o cabelo para trás brevemente podia estar na capa de uma revista.
- Me desculpe por isso, acabo me empolgando quando encontro pessoas interessantes.
Okay, então ele estava flertando. Eu podia trabalhar com isso, não era a primeira vez que eu via alguém tentando conseguir um emprego assim. Pela minha sanidade, determinei que aquele assunto estava encerrado e abri o caderno que usava para fazer anotações.
- Você está na faculdade, certo? Já teve alguma experiência profissional?
E como se espelhasse a postura mais formal que eu assumi, ele se sentou melhor, ajeitando a roupa (que já estava perfeita), e cruzou uma perna sobre a outra, as mãos sobre o colo. Nesse ponto eu tive uma ponta de esperanças de que a entrevista fosse para um rumo mais normal.
- Eu trabalho como acompanhante desde que terminei o ensino médio. - ele disse em tom neutro, como se estivesse dizendo que trabalhou numa loja de conveniências. - Já frequentei eventos, hotéis e os restaurantes mais caros da cidade, alguns fora do país, e foi assim que eu aprendi como as pessoas gostam de ser atendidas e servidas. Também conheço bebidas, vinhos e drinks, não o suficiente para fazer mas o suficiente para indicar as melhores opções para cada pessoa.
Dizer que eu fiquei alguns instantes sem resposta seria um eufemismo. Eu literalmente perdi minhas estribeiras tentando escrever "acompanhante" ao lado do nome dele na folha que eu tinha separado pra isso. Pensei em um milhão de coisas pra perguntar e todas elas pareciam extremamente inapropriadas.
- E você... não pretende seguir mais com esse trabalho ou... vai tentar conciliar de alguma maneira?
- Eu estou buscando um trabalho mais estável nesse momento, e, não, não pretendo tentar conciliar os dois. Não teria como.
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Eu Tu Ele [AtsuKageHina]
FanfictionMesmo com um casamento feliz, empregos estáveis, família e amigos queridos, Atsumu e Kageyama perceberam suas vidas estagnadas, sem o brilho de antigamente. Acordar, trabalhar, relaxar, repetir. Será que a vida era opaca assim mesmo? Ou será que tal...