|03. Os mortos não falam|

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|CONTINENTE: SÃO PAULO - APARTAMENTO DE ARISTÓTELES E MALU MAYER|

Era quase meio dia, Rodrigo e Danilo ainda estavam dormindo, já que era domingo, e eles passaram a noite de sábado e boa parte daquela madrugada na farra, só que em boates bem diferentes. Toni estava no jardim, praticando a sua grande paixão, que era o Kung fu, no que ele era muito bom, sendo um superdotado, mesmo sem saber disso. Na verdade, todos os sobrinhos de Sócrates eram superdotados, mas todos sósabiam mesmo do Toni. Aliás, os Martinelli, filhos de Josias e Cassandra, netos de Mauro, sócios minoritario da Progenese, Lucas e Janete, também eram superdotados, mas por sorte, nenhum deles era quimerico, logo, não era tão fácil assim, de perceberem suas mutações. Maria Lúcia, mas conhecida como Malu, a esposa de Aristóteles, mãe dos três filhos dele, era muito amiga de suas concunhadas, principalmente de Irman, sem nem imaginar o passado dela com o seu marido. De todas as traições da parte dos dois, e que eles tiveram uma filha, quando ela já era casada com Platão, que não se desenvolveu no útero de Irman, porque ela fez um aborto, Júlia se aproveitou disso, e fez com que a criança nascesse assim mesmo, a levando para a ilha, em seguida, como uma das mutante mais poderosas de lá, e também como o seu braço direito. Aristóteles não gostava nem um pouco da amizade de sua esposa, com a sua cunhada e ex - amante, mas não podia fazer nada.

Mas o que mais o tirava do sério, era a nova mania de sua esposa, de querer investigar o desaparecimento de Mariana e o sequestro de Maria. E isso o irritava muito mais, do que a amizade dela com a Irman. Os dois estavam em seu quarto, Malu estava se arrumando para se encontrar com Irman, pelo menos, foi o que ela disse ao seu marido, quando na verdade, ela ia se encontrar com o detetive particular, que iria ajuda - lá a desvendar o grande mistério que envolvia o desaparecimento de sua concunhada, e também, o sequestro de sua sobrinha mais velha. Aristóteles via em seu notebook alguns e - mails da empresa, pois, até no final de semana, ele gostava de trabalhar, para se destacar bem mais do que Platão, com quem tinha uma rivalidade desde que era um adolescente. Rivalidade esta, muito parecida com a de seus dois filhos mais velhos, Rodrigo e Danilo, que mesmo diferentes um do outro, em todos os sentidos, tinham algo em comum, ambição. Uma ambição, que por certo, herdaram de seu pai, pois apesar de vaidosa, e elegante, Malu não se impoetava muito com dinheiro, mesmo gostando bastante de seus privilégios de nova rica, por assim dizer, tendo enriquecido graças a Progenese.

Malu era uma mulher doce, mas de temperamento forte, quando preciso, sendo persistente, e até mesmo muito teimosa, quando colocava uma ideia em sua cabeça. E a ideia da vez, era investigar o que não devia, e era perigoso demais para ela.

- Não entendo essa sua amizade com a Irman, Malu - Começa, sentado em sua cama, ainda de pijama, que era de seda, e vermelho com detalhes em azul, lendo seus e - mails, usando seus óculos de leitura - Ela é uma mulher insuportável, que vive para me irritar, como você bem sabe.

- Eu que, nunca entendi essa sua implicância toda com a esposa do seu irmão, sendo que a Irman é um amor de pessoa - Diz isso, enquanto coloca seus beincos de pérola, se olhando no espelho - Tudo bem, que as vezes ela é um pouco sincera demais, sendo até mesmo, um pouco debochada com as pessoas, mas mesmo assim, ela ainda é da nossa família, esposa de seu irmão mais velho, o Platão, que é um homem incrível e de muitas qualidades, e sem contar que, a Irman também é mãe das nossas queridas, e adoradas sobrinhas, a Regina, tão linda, e inteligente, que sonha em fazer faculdade de física, e a Cléozinha, sempre tão apaixonada pelas ciências humanas no geral, em especial, a filosofia, que é a grande paixão dela, Ari.

- Aristóteles, por favor, Malu - Tenta não ser muito grosso com ela - Até porque, você sabe, e muito bem, que eu detesto ser chamado de Ari, algo que a sua queridinha Irman, e o meu Irmão gostam de fazer, somente, para me irritar, e contrariar, Malu, eu suponho.

Samira, a gêmea perdida...  Onde histórias criam vida. Descubra agora