Samira, a gêmea perdida...

|16. O reino de Argata|

|CONTINENTE: SÃO PAULO, GUARUJÁ, PROXIKO A CHÁCARA DAS FLORES|

Meses depois...

No mesmo penhasco de onde Julie se jogou, a noite, Órion buscava por pistas do corpo da loira, que nunca foi encontrado, nem mesmo pelos peritos e legistas do DEPECOM. Órion sabia, e muito bem que, Julie não estava morta coisa nenhuma, algo que, não poderia ter acontecido nem mesmo, se ela tivesse, de fato, caído do penasco, assim que se jogou do mesmo, o que, sem a menor sombra de dúvidas, não foi o caso. Mesmo sendo metade máquina, algo feito pelos reptilianos, em sua própria época, o lado humano mitante de Órion, era muito mais forte do que, a sua parte máquina, por isso, ele conseguiu se rebelar contra aqueles que, um dia, quiseram fazer dele, uma mera marionete, em um esquema bizarro, de seres de outro planeta, que sequer tinham um lar, um planeta natal, para chamar, de seu. A missão de Órion era proteger Valente, para que assim, o mesmo pudesse mudar um futuro, que não era bom para ninguém, além dos reptilianos. Um novo viajante do tempo surgiu, há alguns meses, para proteger mutantes inocentes, da perseguição implacável, se muitos agentes do DEPECOM, que usavam a lei anti - mutante, para exterminar muitos mutantes, até mesmo, crianças. Essa viajante do tempo, que era claramente uma mulher, se auto - denominava Enigma, e usava uma roupa preta, e uma máscara, para preservar sua verdadeira identidade, para talvez, não ser reconhecida por ele, e o Valente, sendo que, ao que tudo indicava, ela era do mesmo tempo, que os dois. Investigando a falsa morte de Julie de Trevi, a Júlia Zaccarias, a geneticista criadora dos mutantes, Órion percebeu que, as coisas pareciam bem mais complicadas do que, pareciam ser para todos, em especial para o Valente, que não se lembrava de nada, principalmente de sua missão, no passado, além de, estar se destraindo demais, com pessoas e coisas, aparentemente, sem importância nenhuma, em sua missão, para mudar um futuro, que deveria ser apagado do mapa. Órion se lembra do sacrifício de Eugênio, ao mandar Valente e ele para a década de oitenta, quando ambos ainda eram adolescentes, sacrificando sua vida, por um bem maior. Isso foi um pouco antes, dele ter sido capturado por Kidor, já no passado, sendo transformando em meio máquina, por ele, e o seu subalterno, conhecido agora, como Emmanuel Gottardo, irmão gêmeo de Ezequiel, que aind estava vivo. Ao contrário de Emmanuel, morto pelo Órion, assim que, o mesmo se rebelou contra ele, mesmo sendo meio máquina, e tendo sofrido bastante, para se tornar quase um cão fiel, dos reptilianos. Órion não gostava de se lembrar disso, mas as vezes não conseguia evitar que, essas lembranças surgissem em sua mente, mesmo que, nos momentos mais inoportunos possíveis, considerando o quanto, o mesmo odiava os reptilianos pelo que eles fizeram, aos seus pais, Juno e Lucio, e aos seus avós, Bianca, Felipe, Lino, e Leonor, os tranformando em meros capachos dos reptilianos, e destruindo também, a pouca resistência humana e mutante, que ainda existiam no planeta água, quando o mesmo foi dominado pelos mesmos, que sem os seus disfarces humanos, não passavam de répteis gigantes, de sangue frio, calculistas, como nenhuma outra espécie de alienígena, no universo.

De volta, ao presente momento, Órion começava a trabalhar com a mente, com o lado de sua razão, e não mais, com o de suas emoções. Pois, assim, dessa meneira, ele conseguiria investigar melhor, as coisas, para, continuar realizando bem, a sua missão, de manter protegido, o Valente, além de ficar por dentro, de todos os detalhes dos planos dos inimigos, os reptilianos. Um dos poderes de Órion, era mentalizar em sua mente, o que aconteceu até alguns meses atrás, como se, estivesse estado lá, quando tudo aconteceu. Poder esse, que sempre o fazia ficar a frente de seus adversários, e de muitas maneiras possíveis, que muitas vezes, nem mesmo ele, conseguia entender, direito, mesmo tendo um QI acima da média, em muitos sentidos.

- Eu sabia que ia acabar te reencontrando, mais cedo, ou mais tarde - Diz Kidor, sua voz vinha de trás de Órion, que muito rapidamente, ficou de frente, para o mesmo, sem medo nenhum - Afinal de contas, você não é tão esperto, quanto imagina, que é, Órion.