05 - O sentimento cresce

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Eu não consigo dormir

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Eu não consigo dormir. Não com o Adam do outro lado do corredor. Cacilda, a gente se beijou. E não foi um beijo fofo e calmo. Foi a experiência mais louca da minha existência gay. Ele me pressionou contra a parede. Os nossos pênis eretos pareciam lutar para conseguir espaço. Loucura!

Agora, cá estou eu. Igual um idiota. Estou suando em um frio de rachar o bico. E se eu der uma espiadinha nele? Caso contrário, não vou conseguir dormir.

Reúno a coragem necessária para sair. Coloco a mão na maçaneta e abro a porta. Eu quase desmaio quando vejo o Adam parado na frente do meu quarto. Ele está usando uma camisa de manga comprida cinza e uma calça de flanela. A minha única reação é puxá-lo para dentro.

Um beijo é inevitável. A boca do Adam é macia e saborosa. Eu não tenho muitas experiências com beijos, mas ele sabe beijar. As minhas pernas começam a fraquejar e o abraço. De uma maneira bruta, o Adam me carrega para cama. Somos uma bagunça silenciosa, uma vez que o papai deve estar dormindo no quarto.

A pegada do Adam é forte e consistente. Ele não me deixa respirar, mas eu não me importo. Quero aproveitar tudo o que ele pode oferecer. Os caras que ficaram comigo, sempre evitavam os beijos. "Não é coisa de hétero", eles diziam. Nas mãos deles, eu era apenas um brinquedo. Eu estou cansado deste sentimento de impotência. Eu mereço mais. Mereço muito mais.

— Isso! — eu solto, quando o Adam beija o meu pescoço.

— Você está gostando? — ele questiona, entre um beijo e outro.

— Sim. Você tem uma boca deliciosa. — digo.

— Eu não tenho noção do que estou fazendo. — confessa Adam, que solta uma risada deliciosa.

— Nem eu. É difícil ter caras iguais a gente. — eu me arrependo de dizer isso e espero o Adam surtar.

— Verdade. — Adam confirma dando uma risada nervosa. — Eu fiquei com medo de você me rejeitar. Acho que não sou muito bom com sentimentos. — a confissão dele me faz rir. — O que foi?

— Você é a pessoa mais séria que eu conheço. Fiquei até surpreso que você sabe rir. — disse, tocando no rosto do Adam que fecha os olhos. — Você é lindo.

— Você é muito mais. — ele afirma, o que me deixa muito feliz.

Adormecemos juntos na minha cama, mas, pela manhã, não há traços do Adam. Ele já levantou e está fazendo o café da manhã. Eu me aproximo, um pouco preocupado, afinal, não sei o que se passa na cabeça dele. Finjo que estou arrumando algumas louças. O meu coração parece uma artilharia de guerra, batendo em um compasso frenético.

O Adam anda na minha direção, mas para atrás de mim e me beija no pescoço. O meu corpo todo estremece com a energia do beijo.

— Ah, não se preocupe, o seu pai não está aqui. Ele saiu mais cedo. Vamos tomar café? — ele pergunta deixando a chaleira sobre a mesa.

Amor em Tempos de ApocalipseOnde histórias criam vida. Descubra agora