16 - Cristian, Luta

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Descemos e caímos no meio de uma briga

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Descemos e caímos no meio de uma briga. Os soldados da IBDT e os cidadãos da Vila de São Jorge se uniram para dar fim à criação de novos monstros. Eu nem conseguia acreditar que os meus dois mundos se colidiram e resolveram cooperar um com o outro. Sério, eu estaria emocionado se não fosse a luta.

O Cris nem espera por mim e entra na briga. Ele usa todos os truques que ensinei nos últimos meses. É uma sensação indescritível ver que o meu garotinho está crescendo. Ele ajuda o pai, enquanto eu luto ao lado de Eric, que teve problema com um grupo de mortos-vivos. Nesses momentos, os inimigos podem batalhar lado a lado.

A luta é justa. Pelo menos, não tem nenhum monstro gigante em cima de nós. Corro o máximo que eu posso para ajudar os soldados que tem dificuldade. Em menos de 30 minutos, o "campo de batalha" está limpo e sem nenhum zumbi para dar trabalho. Respiro fundo e vejo alguém nos observando do prédio.

— Acho que ainda tem mortos-vivos no prédio. — corro em direção ao edifício.

— Ei, Soares. Vamos recordar os velhos tempos? — pergunta Beatriz me seguindo.

Beatriz e eu, nos conhecemos nas instalações da IBDT. Fomos treinados durante muitos anos e não pudemos aproveitar a vida. No fundo, somos dois desajustados que procuram o seu próprio lugar neste mundo. Levamos um susto com o interior do prédio. Tudo é limpo e organizado. Realmente, aparenta ser um laboratório de pesquisa com os seus computadores e aparatos tecnológicos. Assim como a torre, a energia aqui é oriunda de placas solares.

Vamos para o último andar. Lá parece ser o escritório do Dr. Hoff. Existem quadros e fotografias espalhadas por todas as partes. Com a arma em punho, vamos olhando sala por sala. Enfim, chegamos em uma espécie de galpão cheio de caixas de madeira. Alguém começa a aplaudir e eu preparo um contra-ataque.

— Apareça ou vamos abrir fogo! — grita Beatriz que segurava uma escopeta prateada.

— Ora, ora. — um zumbi pula na nossa frente. — É assim que você trata os velhos amigos, Bea?

Eu não conseguia acreditar. Quer dizer, os meus olhos enxergavam, mas não havia uma conexão com o meu cérebro. O Adam está bem na minha frente. Sua pele parece ter sido arrancada do corpo, mas a voz é do meu amigo. Olho para Beatriz na busca de uma confirmação, entretanto, quando o zumbi fala pela segunda vez tenho certeza de que se trata do meu velho amigo.

— Adam, o que aconteceu com você? — questiono, sem tirar o dedo do gatilho.

— A evolução aconteceu comigo, meu amigo. Depois que vocês me deixaram para morrer, o Dr. Hoff foi misericordioso e injetou o patógeno em mim. Ele acreditou no meu trabalho, Arthur. — Adam estava andando de um lado para o outro e gesticulava com as mãos.

— Eu não te abandonei, Adam. Tivemos que sair e...

— Dá na mesma. Os zumbis cortaram a minha carne e vocês nem tentaram nada. Se não fosse pela ajuda do Dr. Hoff eu ainda estaria morto. — afirma Adam.

Amor em Tempos de ApocalipseOnde histórias criam vida. Descubra agora