09 - Arthur

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Hoje cedo uma equipe do IBDT chegou na Vila de São Jorge

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Hoje cedo uma equipe do IBDT chegou na Vila de São Jorge. Eles queriam informações sobre um dos soldados desaparecidos. A equipe era pequena. Havia um homem de cara fechada e uma moça super simpática. Eles explicaram toda a história do helicóptero. O papai ficou com um pé atrás, mas queria conhecer mais sobre a instituição.

Um dos soldados foi encontrado nos destroços do avião, o outro continuava desaparecido, o seu nome, Arthur Soares. O homem mostrou a foto e eu fiquei em choque: era o Adam. Como assim, ele se chamava Arthur. Eu não conseguia acreditar.

O papai perguntou se precisavam de ajuda, mas a equipe afirmou que apenas o Adam poderia solucionar o problema, uma vez que era o único que tinha a noção de mexer em equipamentos de transmissão.

— Coronel Afonso, podemos deixar aqui um equipamento que funciona com energia solar. Assim que o Arthur ligar a torre poderemos entrar em contato. — explicou a moça, que insistia em chamar o Adam de Arthur.

— Claro. Aceitamos sim. — papai respondeu.

— A montagem é simples, mas precisamos de mais mãos. — ela afirmou.

— E porque a missão do Adam, digo, do Arthur é tão importante? — questionei chamando a atenção dos dois membros do IBDT.

Eles explicaram que uma nova ameaça estava pondo em risco os poucos sobreviventes do vírus L. A moça contou que uma equipe foi abatida por zumbis, que não se fundiram completamente à doença. Os novos monstros eram chamados de mesclados. Cara, quem inventa esses nomes? Deus.

A ideia era ligar a torre de transmissão para que as comunidades pudessem se comunicar de maneira mais efetiva, ainda mais com novos perigos surgindo. Na real, tudo isso é loucura. Eu não conseguia acreditar que o Adam seria enviado para uma missão suicida. Aproveito que eles vão montar o equipamento de comunicação e corro para arrumar meus pertences.

Se existe um risco do meu namorado ir para a torre de transmissão eu quero ir também. Nas últimas semanas, aprendi muitas maneiras de me defender. Agora subo com facilidade em estruturas altas, ou seja, posso ajudá-lo. Estou com o coração acelerado, não tenho ideia se vão me permitir ir junto, entretanto, não vou desistir tão fácil.

De repente, escuto o portão principal da vila ser aberto. Deixo a mochila em um lugar estratégico e retorno para saber quem chegou. Era o Adam. Ele ficou transtornado ao ver a equipe do IBDT. Trêmulo, o Adam fica de joelhos no chão e começa a gritar coisas desconexas. Eu tento me aproximar, mas o papai não deixa. Todos tomam uma distância dele. O que está acontecendo.

— Beatriz? — Adam questionou com uma expressão confusa.

— Fala, Arthur. Como você veio parar aqui? — questionou Biatriz, chegando perto de Adam e tocando no seu rosto. Um movimento que me deixou enciumado.

— Eu, eu, eu...

— Arthur? — soltei, chamando a atenção do Adam.

Caralho. Adam ou Arthur? Quem é essa pessoa na minha frente. O Arthur se aproximou, mas eu não queria conversar. Então, fiz a coisa mais estúpida do mundo: corri. Segui para o celeiro e sentei no chão. As coisas estão ficando complicadas. Mais do que eu gostaria.

Amor em Tempos de ApocalipseOnde histórias criam vida. Descubra agora