13 - Vamos dar conta

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Neste mundo qualquer mudança pode representar um tipo de perigo

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Neste mundo qualquer mudança pode representar um tipo de perigo. O Arthur caminha lentamente para perto da Van. O veículo é enorme. Ele é preto com detalhes amarelos nas laterais, uma espécie de losango. Tenho uma flecha preparada para qualquer situação.

Na verdade, a minha cabeça ainda está uma bagunça devido aos acontecimentos da caverna. Eu não acredito que matei pessoas a sangue frio. E, infelizmente, não pude evitar a morte da mulher. Fico pensando na história dela. Quais fatores a levaram para aquela morte horrível.

Não contei para o Arthur, mas a escuto gritar. É um grito triste e desesperador. Ontem de madrugada, acordei ofegante, pois tive um pesadelo com a mulher. Eu só não posso me desestabilizar agora. Existem pessoas que contam com essa missão, principalmente, o meu namorado.

Volto a atenção ao automóvel. O Arthur avança e constata que não tem ninguém. Isso me faz relaxar um pouco mais, só que continuo com o arco em riste. A minha mão está firme e a pontaria preparada.

— Tudo limpo, bebê. — Arthur anuncia, colocando o facão no coldre. — De quem será esse caminhão. Ele é novo. Eu pensei que a gasolina estivesse extinta. — tentando abrir a porta, mas sem sucesso.

— Realmente, a van se destaque entre os carros antigos. Será que a pessoa não conseguiu seguir? — questionei, baixando o arco, mas ainda em posição de ataque.

— Bem. Só tem um jeito de descobrir. — disse Arthur, tirando um arame do bolso e se posicionando do lado da porta do motorista. — Saudades de arrombar portas. — dando uma risada.

— Olha só, o meu namorado ficou cheio de segredos depois que recobrou a memória. — brinquei, porque sabia que o Arthur estava preocupado comigo e queria passar o máximo de segurança pra ele.

— Você vai me conhecer melhor, bebê. Eu prometo. — ele garantiu, voltando a atenção para a fechadura.

Que habilidade. Eu nunca teria condições de fazer tal coisa. O legal de observar o Arthur é notar sua paciência e destreza para finalizar qualquer tarefa. Uma gota de suor escorre pelo seu rosto, mas ele se mantém focado no serviço. A primeira tentativa não dá muito certo, entretanto, o Arthur não desiste e consegue abrir a porta da van.

A pessoa que estava dirigindo o veículo não deixou muita coisa para trás. Apesar de abrir a porta, ainda havia uma espécie de grade nos separando da parte interna da van. Assobiando, o Arthur saiu e seguiu para a traseira do automóvel. Ele se agachou, pegou o arame e voltou a seu passatempo favorito: arrombar portas.

Dessa vez, o Arthur conseguiu de primeira e ficamos surpresos com o material que encontramos.

— Isso são armas? — perguntou Arthur de maneira confusa. — Armas não são fabricadas há anos. Como assim? — segurando uma pistola na mão.

— Cacete. — pegando uma besta, a versão melhora do arco e flecha. — Olha essas flechas, Arthur. — apontei para uma caixa com dezenas de flechas diferentes.

Amor em Tempos de ApocalipseOnde histórias criam vida. Descubra agora