Capitulo 18: O que faço?

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- Esse eu já vi antes - disse ele depois de avaliar meu desenho no papel.

- E o que quer dizer?

- É como se fosse uma marca, só pra avisar que está por perto, ele ainda deve estar te vigiando.

- Era óbvio que ele não ia sumir assim tão fácil - constatei.

- Como eu posso ficar tranquilo assim? - ele passou a mão pelos cabelos de forma frustrada.

- Não sei, mas vai ter que ficar, você não pode ficar preocupado o tempo todo.

- Posso sim.

- Não, não pode.

Ele sabia que não tinha o que discutir, mas sua expressão de preocupação era nítida, conversei com ele um pouco e a distração pareceu tirar um pouco de sua preocupação.

Jantamos, e então nos aconchegamos um ao outro deitados, seu calor me tranquilizava, e o meu parecia fazer o mesmo nele, pois logo sua respiração mudou e ficou constante, eu sorri ao constatar que ele dormiu abraçado comigo, e logo em seguida eu adormeci também.

Pela manhã, eu o convenci a ficar tranquilo e ir resolver as pendências de sua posse.

****

Alguns dias depois eu resolvi passar no hospital, estava sentindo falta dos meus dias corridos, ao entrar notei o hospital bem movimentado, tudo que eu queria era vestir meu jaleco e trabalhar.

- Sakura querida - Shizune passou e seguiu pelo corredor e eu fui atrás dela.

- Vocês precisam de ajuda? O hospital está muito cheio.

- Você está afastada, não quer irritar a Tsunade.

- Eu quero ajudar, e sei que está precisando de ajuda.

- Sakura! - ela me advertiu.

- Qual é, eu só faço algumas consultas, tiro um pouco de trabalho das suas costas e vou embora.

Ela parou quando estávamos na frente de meu consultório.

- Droga Sakura, se Tsunade descobrir vou falar que nem sabia que estava aqui.

- Tudo bem, eu fingo demência - ela então riu, provavelmente achando que eu era demente mesmo.

- ok, vou mandar pacientes para sua sala, só uns 15 já me ajudam.

- Ok, só mandar.

Eu então entrei em meu consultório e vesti meu jaleco, estava tudo devidamente limpo e ajeitado, logo uma enfermeira bateu à porta e me entregou os prontuários dos pacientes que eu atenderia.

Um após o outro, alguns casos simples, de resfriado, uma torção de pulso resolvida na hora, uma dor de cabeça recorrente que pedi um encaminhamento para um exame mais detalhado, e na última pasta apenas chamei o próximo enquanto terminava de fazer anotações no prontuário do paciente que saiu por último.

Meus olhos ainda estavam no papel quando minha porta se fechou e o paciente se sentou na minha frente.

Então.. - abri a pasta lendo o nome, e me assustei, olhando para frente para me deparar com - Sasuke?

- Oi Sakura, achei que estivesse afastada.

- Estou.

- Então...

- Por que está aqui? - o cortei tentando levar minha consulta adiante, para encerra-la logo.

- Bom, a um tempo atrás, sofri um ferimento, e ele não quer cicatrizar totalmente.

Sempre Será Você, Kakashi SenseiOnde histórias criam vida. Descubra agora