perdido e achado

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Felipe conseguiu alcançar ela no ponto de ônibus que ficava em frente ao shopping. Ele correu tanto que quando chegou perto dela não tinha fôlego para falar.
- Samanta... Como é que você consegue andar tão rápido? – fala com o fôlego cansado.
- foi para isso que você veio aqui? – disse na defensiva.
- não... eu só queria quebrar o clima. – ele não parava de olhar para ela. Como Samanta tinha mudado nesses anos e para melhor diga-se de passagem, muuuuito melhor.- eu só queria te pedir desculpa Sam. Por tudo que eu disse para você naquele dia e...
- olha Felipe eu não estou nem aí pro que você disse aquele dia. Até porque dava para ver que você não estava bem o que realmente me deixou mal foi o que você fez depois disso.- ela faz sinal para o ônibus para.- agora se me der licença nós temos que ir.
- Haaaa mamãe – fala o garotinho triste.
Eles entram no ônibus, mas Felipe não desisti e entra no ônibus atrás dela. Ele avista ela no meio do ônibus e tenta ir ao seu encontro, porém é impedido pela catraca.
- três e cinquenta senhor- diz a cobradora sem ânimo.
- oi???!?! – diz Felipe sem entender nada só queria chegar em Samanta.
- a passagem senhor – começa a ficar irritada.
- haaa aceita cartão??- não costumava andar com dinheiro. A moça da um suspiro de impaciência e pega a maquininha.
Logo o ônibus começa a andar e quando ele termina o pagamento percebe que Samanta não está mas no ônibus e quando olha para fora vê a morena com seu filho do lado de fora. Ele vai para o fundo do ônibus e tenta inutilmente sair dali, pede para o motorista volta, mas não é atendido. Então agora estava indo sabe-se lá pra onde. A única coisa que lhe restava agora era espera chegar em alguma ponto para descer e liga para Bruno vir buscar. E por um raro milagre havia um banco vazio ao lado de uma senhora, então ele pede licença e senta ao lado dela.
- para onde você tá indo?- pergunta a senhorinha.
- eu não faço a menor ideia.- ela o olha com uma expressão confuso – é que eu tava com uma amiga mas ela desceu do ônibus e eu não sei para onde estou indo. – esclarece as coisas.
-aquela com o menininho – ele confirma com a cabeça – AAA ela desce lá na Santa Helena junto comigo.- dito isso a senhora encara Felipe o que o deixa envergonhado. Depois de um bom tempo o encarando ela resolve fala- você e o pai dele não é?
- oi? Não entendi?? – disse se voltando para mulher.
- peguntei se você é o pai do menino e que... AAA olha nosso ponto- Felipe levanta e puxa a cordinha fazendo o ônibus para.
Ele ajuda a senhora descer e olha ao redor para ver se reconhece o lugar. Como não reconheceu pega o endereço da casa atrás de se. Mas antes que consiga pegar o celular no bolso e abordado por dois meninos que lhe da voz de assalto e levam seu celular, carteira e sapatos. Agora estava ali sem nada o pior era que nem sabia onde era ali. Tinha medo de sair daquele lugar e acabar entrando onde não devia e acabar morrendo então ele apenas senta na calçada e espera alguém o reconhece para pedir ajuda.
Após horas naquele lugar já estava perdendo as esperanças quando vê um ônibus encostar e vê Samanta descer dele com o menininho. E só agora foi reparar na crianças e entendeu o porque aquela senhora tinha tanta certeza que ele era o pai. Era como ver uma cópia sua andando por aí só que em versão de bolso. Ele dormia tranquilo no colo da mãe, mas acorda quando Felipe levanta e começa a grita o nome da Samanta. Ela para e espera o rapaz a alcançar.
- o que você esta fazendo aqui? – estranha o fato dele estar ali aquela hora da noite.
- que bom que eu te achei- abraça rápido ela ia crianças, mas não é retribuído – eu fui assaltado e levaram tudo até meu sapato – mostra os pés descalços – não tenho como ligar para ninguém. Pode me ajudar?
-eeee... claro ...- se sentia culpada pelo o que aconteceu. “Ele está tão bonito, a academia fez bem a ele” pensou ela. Balançou a cabeça para tira esses pensamentos. - .... me fala o número do Bruno ou da Aline que eu ligo.- Felipe encarava os olhas da garota e ficou li perdido- FELIPE...
- oi – volta para nossa realidade
- o número – diz ela mudando a crianças de braço
- que número? – não tinha prestado atenção no que ela disse
-o do Bruno ou da Aline
- eu não sei. Para falar a verdade eu não sei o número de ninguém. – arruma os cabelos. Estava nervoso e não sabia o porquê.
- mamãe caça – fala o nenê com sono. Felipe acena a mão para ele, mas ele se esconde.
- não precisa ter medo não. Qual é o seu nomezinho em pequenino? – Fala Felipe com muito amor e faz um carinho nas costas dele mas o menino aperta o abraço na mãe e começa a chorar.
- não tudo bem pequeno. Ele tá com sono. – fica sem graça – vamos fazer assim eu vou para casa e ligo para um Uber vir te buscar e você espera aqui tá bom.
- eu não posso ir?... – abaixa a cabeça.
- olha Felipe...
- e que eu preciso ir ao banheiro – ele olha Samanta- por favor Sam. Eu não sei quanto tempo consigo segura mais.
- vai no bar ali na esquina.  Eu tenho que ir Felipe – começa a andar e Felipe a segue.- por que tá me seguindo Felipe.
- deixa eu ir no banheiro na sua casa não gosto daquele lugar. E eu já fui lá pedir e o homem não deixou.
- tá Felipe. – se dá por vencida.
Eles vão andando até chegarem em um portão pequeno entre duas casas. Samanta abre o portão e eles descem em fila indiana até uma pequena casa nós fundos. Eles entram pela sala, a casa era pequena pelo que Felipe reparou só tinha um quarto, a sala e a cozinha. O banheiro ficava na cozinha ao lado da porta de saída. Mas era bem organizada, e a única coisa que indicava que havia uma criança ali era uma caixa de papelão com alguns brinquedo.

Cumplicidade (Femanta e Samlipe)Onde histórias criam vida. Descubra agora