Verdades sejam ditas

652 52 24
                                    


Felipe sai do banheiro e encontra o menininho ali com um copo na mão o encara, Felipe tenta se aproximar mas o garotinho se afastar com medo. Era incrível como o menino era a sua cara, os cabelos negros, os olhas castanhos quase preto, o nariz, a boca até o formato do queixo; ele usava um pijama de carrinhos bem surrado e estava com uma fralda de pano na mão contrária ao copo.
- oi tudo bem?- fala Felipe tentando se aproximar.
- maaae... – se afasta dele – MAMÃE – grita quando Felipe tenta se aproximar de novo- Maaaaaeeeee – começa a chorar desesperado e fica ali paralisado de medo.
- não, não,  não precisa  chora cara tá tudo bem. Eu sou amigo da mamãe. Não chora pequeno – Samanta vem desesperada do quarto e pega Davi no colo e o abraça tentando o acalmar. – olha Sam eu só...
- tudo bem Felipe é que ele não gosta de estranhos.- fala e volta para o quarto com a crianças.
Felipe ficou ali com aquela frase passando e repassado na sua cabeça. Sentiu um frio na barriga, com poderia ser “estranho” para seu filho. Como deixou isso acontecer? Uma lágrima solitária percorreu seu rosto. Depois de um tempo Samanta volta a cozinha e encontra Felipe na mesma posição que havia deixa.
- o que ouve? – diz vendo sua cara de preocupado, mas logo muda de assunto. – em fim. Não deu para chamar o Uber deu ária de risco então...
- por que Samanta? – fala Felipe procurando uma solução para seus pensamento, mas Samanta não entende a pergunta – eu só não... entendo porque você foi embora e... E não deixou eu ver meu filho crescer.
- se eu me lembro bem das suas palavras você disse que ele não era seu filho.- disse com raiva. Estava lutando tanto para conseguir ser pelo menos gentil com ele depois do que ele fez, mas estava ficando difícil.
- eu sei bem o que disse Samanta. E me arrependo disso todos os dias, mas daí você ir embora sem me da ao menos uma chance. – aumenta o tom de voz.
- você está de brincadeira com a minha cara né??!?!- fica perplexa com o que ouviu – é sério eu fiquei correndo atrás de você três meses da minha vida. Te dando uma chance atrás de outro e depois do que você mandou aquela sua namoradinha filha da pura fazer eu... quer sabe sai da minha casa. – estava puta de raiva.
- é eu fiquei correndo os outros seis meses tentando te pedir desculpa.- ele tentava usa a razão mas era difícil. – é sério Samanta se você não complicasse tanto as coisas nós já tinha resolvido essa história mais cedo e eu não precisava ter passado pelo que passei.
- você está de sacanagem né?! Até onde eu sei foi você que mandou eu sumir da sua vida e ainda mandou aquela vadia me da um cheque para eu ir embora tá legal. Que sabe...- ela vai até um pequeno armário e pega um envelope-... toma e vaza daqui e se você achava que tinha algum direito porque me deu essa merda saiba que não. Então some da minha casa.
- maaaaeeee- vem um grito lá do quarto.
- já vou meu amor- fala mudando completamente o tom. Depois vira para Felipe – você sabe onde fica a porta. – ela sai da cozinha e vai para o quarto.
Felipe fica ali segurando o envelope e quando abre encontra uma carta e um cheque no valor de 500.000,00 reais a assinatura não era sua mas sim da sua mãe e ele ficou se perguntando porque ela faria isso conheci ela mais que qualquer um. E fica ainda mas perplexo quando abre a carta se lembra de ter escrito isso mas não era para Samanta. Tinha sido a Sofia que pediu para ele reescreve aquela carta para ela. Felipe não viu mal algum na época. E quando releu percebeu o quando horrível eram aquelas palavras.
“Olha quero pedir desculpas, mas não consigo lidar com isso no momento. Espero que isso ajude e fica sabendo que essa vai ser a única ajuda que vai ter de mim no momento. Como não quero que isso vire um escândalo espero que você mantenha tudo em segredo ou eu juro que processo você e vou tira tudo o que você mas gosta. Espero que fique bem, mas lembra que nunca mais quero teve.”
Levou um tempo até entender o que Sofia tinha feito. Aquela garota conseguiu estragar sua vida entantos níveis. Ele decidiu deixa Samanta esfriar a cabeça e foi para fora da casa teria de passar a noite ali já que não conseguiu chamar um Uber. Ele pegou uma almofada no sofá  e foi para o lado de fora da casa ele deita no chão da pequena área e de tão cansado acaba dormindo ali.
Já era seis horas da manhã quando o sol nasce e bate bem na cara de Felipe, mas ele meramente vira para o outro lada. Samanta levanta cedo como sempre arruma algumas frutas para o café da manhã e preparar seu café   e vai arrumar Davi para ir a creche. Porém ao abrir a porta da cozinha teve uma grande surpresa ao ver Felipe dormindo ali. Ela então dá leves chutes tentando o acorda.
- Felipe.. FELIPE - ele apenas resmunga.  Então ela volta para dentro da casa, pega um copo d'água e depois joga nele o acordando.
- mas que porra é essa- se assusta e levanta correndo. Samanta cai na gargalhada e para Felipe aquele era o melhor som da sua vida. – custava me chamar – sorri
- eu te chamei moleque, mas você não acordou – fala recuperando o fôlego. O clima logo volta a fica tenso – por que dormiu ai? Pensei que você ia ficar no hotel da esquina.
- eu meio que não tenho dinheiro né!- ele fica sem graças
- podia ter usado esse- aponta para o envelope no chão – mas em fim. Tá com fome? – não conseguiu sentir raiva dele por muito tempo. Na verdade ela queria ter conversado com ele mas cedo só que sua mãe tinha a aconselhado a não fazer isso é ela tava cansada de correr atrás dele.
- para falar a verdade um pouco. – coça a nuca
- então vai até a padaria e compra um pouco de pão pra mim. Mas fala que fui eu que mandei se não ele te da pão errado.- ela entrega duas moedas de um real para ele. Felipe apenas confirma com a cabeça e sai em direção ao portão.
Enquanto ele buscava os pães Samanta volta para dentro e vai arrumar seu filho. Meia hora depois Felipe volta com os pães. já que não sabia onde ficava a padaria levou um tempo até encontra. Ele estava feliz nunca tinha imaginando sair para compra pão para sua família  ( que não era bem sua família mas não se importava muito com isso). Quando chega na porta da Samanta ele vê um carro bem chique vindo em sua direção. Logo reconhece Wallace no banco do motorista, mas como ele tinha chegado ali? O carro encosta e Aline e Bruno descem dele.
- fiquei preocupada Felipe – fala Aline o abraçando – você está bem? Eles te machucaram? Não se preocupa já cancelaram seu cartão e já fiz um boletim de ocorrência só precisam do seu depoimento agora.
- não sufoca ele Aline. Aí cara como tá? – fala Bruno em defesa do amigo.
- como chegaram aqui?- fala confuso.
- a Samanta ligou para Vi e mandou ela nos avisa. Então vamos – fala Bruno
- daqui a pouco eu só...- ele foi em direção do portão e ele estava trancado do lado de fora. Ele não estava entendendo o que tava acontecendo. – SAMANTA – grita e bate palma. – ela deve ter trancado sem querer. -Pensou alto.
- nós passamos por ela no ponto de ônibus moleque – Diz Bruno pondo a mão no ombro do amigo. Ele vê a tristeza volta ao rosto do amigo e se senta mal com isso queria poder ajuda, mas de agora para frente só dependia da disposição deles. – mas pensa pelo lado positivo você sabe onde ela mora.
Felipe não responde apenas vira e entra no carro. Eles voltam para casa do Felipe e lá ele toma um banho e deita na cama mas não consegue dormir pois não parava de pensar no que a Sam lhe mostrou. Então ele resolve descer com o intuito de ligar para sua mãe e tira essa história a limpo. Mas não foi preciso liga pois quando desceu viu sua mãe e irmão parados ali na sala.
- ai meu filho com você está? – ela o abraça forte.
- bem. Mas posso falar com você em particular?- fala se soltando do abraço.
- claro filho. Sempre que quiser. – eles vam até o cinema e tranca a porta. Felipe tira o cheque e a carta do bolso e da o cheque para sua mãe.
- pode me explica isso? – fala estranhamente calmo.
- e um cheque filho nada de mais. Porque e  falso? – estranha o questionamento do filho.- aconteceu alguma coisa filho?
- aconteceu. Aconteceu que a senhora mandou esse cheque para Samanta com isso é eu passei os últimos dois anos da minha vida longe do meu filho por sua causa – extravasa e começa a chorar. – porque a senhora fez... fez isso? Eu só queria ter uma vida normal, mas todo mundo decide dar palpite e acaba estragando a minha vida tá legal. – fala se descontrolando. Mas sua mãe só lhe da um abraço reconfortante e ficam assim por longos minutos. Até sua mãe quebra o silencio e fala.
- olha meu querido, eu não dei isso para Samanta eu fiz esse cheque para Sofia não me lembro o motivo dela ter pedido isso mas era plausível. Me perdoa por isso ter acontecido. E agora que história é essa deu ter mais um Neto por aí Felipe? – disse calma e tranquila. – olha se for preciso eu vou até a Samanta e explico essa história tá bem?!
- brigada mãe – da outro abraço nela.
E assim aconteceu dona Rosa foi até Samanta e explicou toda a história com a Sofia disse tudo que ela havia feito, além disso tudo. As duas conversaram por horas sobre o Davi e depois de um tempo a história estava finalmente esclarecida isso não mudou muita coisa mas já era um começo de uma nova história.

Cumplicidade (Femanta e Samlipe)Onde histórias criam vida. Descubra agora