Olhei novamente para a foto e o vi todo machucado. Me deu um aperto no coração, era minha culpa, ele estava naquela situação por minha culpa!
Não iria deixá-lo morrer, não por uma coisa que ele não fazia parte, estava preparada para trocar minha vida pela a dele, jamais conseguiria viver sabendo que meu amigo morreu por minha causa
Esse era o certo a se fazer, minha morte daria um fim em tudo isso, e o equilíbrio do sobrenatural voltará ao normal.Coloco uma calça, uma blusa de manga comprida e um tênis em uma mochila e saio de casa, nas pontas dos pés.
Chego lá fora e me transformo em loba, pego a bolsa e a seguro em minha boca. Corro o mais rápido que posso, chego perto do local e viro humana, coloco minha roupa novamente e sigo em frente.
Eu sabia, sabia que era ela. Estou a pelo menos 3 metros de distância dela e de Jacob, tento me aproximar, mas sou impedida, a mesma aponta sua arma para que eu não me aproxime.— Podemos fazer uma troca Louise, minha vida pela dele.
— Sabia que iria falar isso, mas não vai rolar. Primeiro você, depois ele.
— Por favor Louise, solte o Jacob! Ele não tem nada a ver com isso.
— Agora você pede por favor, é engraçado como o mundo dá voltas!
— Fica de joelhos e mão na cabeça!
— Solta ele primeiro!
— De joelhos e mão na cabeça caralho!
Faço o que ela manda, poderia ir até ela e matá-la mas... ,mas eu me sentia culpada, culpada por matar Harry, por fazer ela ficar daquele jeito, transtornada e agressiva. Estava machucando seu próprio amigo para me atingir.
Ela aponta sua arma em minha direção, fecho meus olhos e escuto o barulho do tiro, não sinto dor, não sinto nada, abro meus olhos, que logo se enchem de água, eu não acredito que ele fez isso!— HIRAM. Falo gritando tentando estancar seu sangue.
— Porquê você fez isso seu idiota masoquista?
— Eu falei... falei que morreria por você. Fala cuspindo sangue.
— Tem que ajudar seu amigo, por favor.
— Promete que consegue se curar?
— Claro.
Saio de cima dele com minhas mãos cheias de sangue, sigo andando até ela com passos lentos.
O ódio, a raiva, o medo da perda me dominam, não como da outra vez, agora a eu de verdade estava no comando das coisas.
Aquilo não era uma pessoa, e sim um mostro, como eu. Louise atira em mim, mas o feito de suas balas não me afetam muito.— Se aproxime mais e eu atiro no Jacob, esse sim morre!
— Você não ousaria.
— Vamos ver.
— Me responde uma coisa Louise, foi você que matou aquelas crianças?
— Foi um pequeno treino, antes de ir atrás de você, era tão bom vê-las pedindo por socorro e implorando pela vida, e sabe o melhor? Não tive um pingo de remor...
— É, também não terei. Falo já agarrada ao seu pescoço.
Com minhas mãos, a levanto no ar e antes que ela conseguisse morrer por não conseguir respirar, quebro todos seus ossos do pescoço.
Conseguindo arrancar sua cabeça fora, dou um sorriso de satisfação e vou até o Jacob, que está desacordado e preso às correntes.
A quebro com facilidade e o acordo, ele está tonto, mas consegue ver meu rosto e como ele está.
Meus olhos com um tom vermelho e preto, minha cara pálida, mas com sangue, minhas mãos ensanguentadas.
Ele se assusta, pego em sua mão e deixo minha escuridão passar por seus ferimentos, como da primeira vez.
Ao terminar, volto até Hiram, que já deveria estar se curando, mas a bala e seu ferimento ainda estavam lá.— Hiram, porquê não se cura? Por favor, se cura Hiram!
— É acónito, é forte! Não consigo Lizzie, eu tô queimando! Fala se contorcendo de dor e apertando minha mão.
— Eu vou tirar, vai fica tudo bem, não vou te deixa morrer, eu prometo!
Chamo Jacob, ainda assustado e o mando segurar os braços do Hiram com muita força. Me transformo o mínimo possível, só para minhas garras saírem.
Tentando ter calma, corto mais um pouco a sua pele, coloco duas de minhas garras dentro de seu peito para puxar a bala e assim consigo tirá-la.
Agora só precisava curá-lo, tirar o veneno. O problema era que as balas estavam fazendo efeito em mim também, em meu lado lobo.
Eu estava suando frio e com tonturas, respirei fundo e me concentrei, coloquei minhas mãos em seu peito e com muita dificuldade, consegui tirar a metade do acónito, antes que chegasse em seu coração.
Agora precisávamos voltar à alcateia.
Pedi para o Jacob me ajudar a levantá-lo. Ele, assim como eu, estava cansado, de tanta força que colocou para que Hiram não ficasse se contorcendo.
Envolvemos seus braços em nós e continuamos andando, às vezes tombando e com as pernas fracas, mas seguimos o caminho.
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De Repente Companheiros
Loup-garouImagine ser uma coisa que nem deveria existir, uma abominação da natureza, que todos tem pavor e ódio ao mesmo tempo. Pois bem, eu sou essa coisa, uma híbrida de lobo e demônio, criada de um amor proibido. O por quê de ser proibido é bem simples, lo...