Capítulo 28. Morreria por Você

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Olhei novamente para a foto e o vi todo machucado. Me deu um aperto no coração, era minha culpa, ele estava naquela situação por minha culpa!
Não iria deixá-lo morrer, não por uma coisa que ele não fazia parte, estava preparada para trocar minha vida pela a dele, jamais conseguiria viver sabendo que meu amigo morreu por minha causa
Esse era o certo a se fazer, minha morte daria um fim em tudo isso, e o equilíbrio do sobrenatural voltará ao normal.

Coloco uma calça, uma blusa de manga comprida e um tênis em uma mochila e saio de casa, nas pontas dos pés.
Chego lá fora e me transformo em loba, pego a bolsa e a seguro em minha boca. Corro o mais rápido que posso, chego perto do local e viro humana, coloco minha roupa novamente e sigo em frente.
Eu sabia, sabia que era ela. Estou a pelo menos 3 metros de distância dela e de Jacob, tento me aproximar, mas sou impedida, a mesma aponta sua arma para que eu não me aproxime.

— Podemos fazer uma troca Louise, minha vida pela dele.

— Sabia que iria falar isso, mas não vai rolar. Primeiro você, depois ele.

— Por favor Louise, solte o Jacob! Ele não tem nada a ver com isso.

— Agora você pede por favor, é engraçado como o mundo dá voltas!

— Fica de joelhos e mão na cabeça!

— Solta ele primeiro!

— De joelhos e mão na cabeça caralho!

Faço o que ela manda, poderia ir até ela e matá-la mas... ,mas eu me sentia culpada, culpada por matar Harry, por fazer ela ficar daquele jeito, transtornada e agressiva. Estava machucando seu próprio amigo para me atingir.
Ela aponta sua arma em minha direção, fecho meus olhos e escuto o barulho do tiro, não sinto dor, não sinto nada, abro meus olhos, que logo se enchem de água, eu não acredito que ele fez isso!

— HIRAM. Falo gritando tentando estancar seu sangue.

— Porquê você fez isso seu idiota masoquista?

— Eu falei... falei que morreria por você. Fala cuspindo sangue.

— Tem que ajudar seu amigo, por favor.

— Promete que consegue se curar?

— Claro.

Saio de cima dele com minhas mãos cheias de sangue, sigo andando até ela com passos lentos.
O ódio, a raiva, o medo da perda me dominam, não como da outra vez, agora a eu de verdade estava no comando das coisas.
Aquilo não era uma pessoa, e sim um mostro, como eu. Louise atira em mim, mas o feito de suas balas não me afetam muito.

— Se aproxime mais e eu atiro no Jacob, esse sim morre!

— Você não ousaria.

— Vamos ver.

— Me responde uma coisa Louise, foi você que matou aquelas crianças?

— Foi um pequeno treino, antes de ir atrás de você, era tão bom vê-las pedindo por socorro e implorando pela vida, e sabe o melhor? Não tive um pingo de remor...

— É, também não terei. Falo já agarrada ao seu pescoço.

Com minhas mãos, a levanto no ar e antes que ela conseguisse morrer por não conseguir respirar, quebro todos seus ossos do pescoço.
Conseguindo arrancar sua cabeça fora, dou um sorriso de satisfação e vou até o Jacob, que está desacordado e preso às correntes.
A quebro com facilidade e o acordo, ele está tonto, mas consegue ver meu rosto e como ele está.
Meus olhos com um tom vermelho e preto, minha cara pálida, mas com sangue, minhas mãos ensanguentadas.
Ele se assusta, pego em sua mão e deixo minha escuridão passar por seus ferimentos, como da primeira vez.
Ao terminar, volto até Hiram, que já deveria estar se curando, mas a bala e seu ferimento ainda estavam lá.

— Hiram, porquê não se cura? Por favor, se cura Hiram!

— É acónito, é forte! Não consigo Lizzie, eu tô queimando! Fala se contorcendo de dor e apertando minha mão.

— Eu vou tirar, vai fica tudo bem, não vou te deixa morrer, eu prometo!

Chamo Jacob, ainda assustado e o mando segurar os braços do Hiram com muita força. Me transformo o mínimo possível, só para minhas garras saírem.
Tentando ter calma, corto mais um pouco a sua pele, coloco duas de minhas garras dentro de seu peito para puxar a bala e assim consigo tirá-la.
Agora só precisava curá-lo, tirar o veneno. O problema era que as balas estavam fazendo efeito em mim também, em meu lado lobo.
Eu estava suando frio e com tonturas, respirei fundo e me concentrei, coloquei minhas mãos em seu peito e com muita dificuldade, consegui tirar a metade do acónito, antes que chegasse em seu coração.
Agora precisávamos voltar à alcateia.
Pedi para o Jacob me ajudar a levantá-lo. Ele, assim como eu, estava cansado, de tanta força que colocou para que Hiram não ficasse se contorcendo.
Envolvemos seus braços em nós e continuamos andando, às vezes tombando e com as pernas fracas, mas seguimos o caminho.
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