De Repente Companheiros

Capítulo 44. Reaproximação

⏳Um mês depois⏳

Descobri que estava grávida. Foi algo muito chocante para mim, principalmente com o fato de que seria mais rápido que o normal.
Enquanto humanos tem seus filhos com nove meses, os lobos tem com seis, e como eu sou uma híbrida, seriam com cinco! Tudo seria corrido, sem tempo para preparações muito extravagantes.

O que mais me desagrada são meus surtos. Tudo me dá raiva e só de pensar nisso, sinto mais ainda. Não tenho paciência para nada, nen ninguém.

— BomBom, você está bem?

— Estou. Por que não estaria?

— Você ficou calada do nada. Pensei que estava sentindo alguma coisa, isso me deixou preocupado.

— Não preciso da sua preocupação.

— Calma aí, tem que relaxar!

— Eu ESTOU relaxada!

— Claro que está, sei. Fala ele rindo.

— Você está tirando a porra da minha paciente!

— Estou brincando BomBom.

— Não estou para brincadeira. Com licença!

Saio do quarto com tanta raiva. O motivo? Nem eu sei. Mas tenho que tentar esfriar a cabeça antes que eu faça algo que não queira.
Fico andando, quase correndo pelo corredor, até que sou impedida por algo ou alguém.
Minha respiração estava descontrolada. Tenho certeza que meus olhos estavam vermelhos. Eu estava me transformando e não conseguia ter controle.

— O que está acontecendo?

— Não consigo me controlar!

— Elizabeth, você não pode se transformar aqui dentro, pode machucar alguém!

— Não consigo parar! Falo quase rosnando. Eu não iria aguentar muito mais tempo.

— Olha nos meus olhos, eu posso fazer parar!

— Eu não preciso da sua ajuda!

— Pare de ser arrogante Elizabeth!

Mesmo contra minha vontade, vou de encontro aos seus olhos e quando os vejo, eles estão da mesma cor que os meus, um vermelho ardente.
Hiram segura em meus braços e olha em meus olhos fixamente. Ele dá uma espécie de uivo, embora diferente, é baixo e ao mesmo tempo não.
Tenho que colocar minhas mãos em meus ouvidos para eles não serem consumidos pelo som estrondoso. Fecho meus olhos fortemente e quando os abro, não sinto mais nada. Estou bem!

— Como fez isso?

— Coisas de alfa. Está melhor?

— Sim. Obrigado! Tenho que ir. Falo dando as costas para ele.

— Não! Eu não quero que você vá.

— Mas eu quero ir.

— Tem certeza disso? Fala me puxando mais para si.

— Si-sim.

— Sua mente fala uma coisa, seu corpo, outra bem diferente. Tem que se decidir em relação a isso.

— Eu tenho certeza dos meus atos.

— Então se tem certeza deles, pode ir. Fala ele retirando suas mãos de mim.

Minha mente dizia para ir, porém meu corpo e meu coração suplicavam para ficar. Antes que eu toma-se minha decisão, Hiram dá as costas para mim e antes que ele pudesse dar o primeiro passo, eu o seguro fortemente.

— Espera... não vai. Não consigo ficar mais longe de você, nós não conseguimos.

Ele acaricia meu rosto enquanto nossos olhares estão fixados. O mesmo vem se aproximado de mim, até que não há mais espaço entre nossos lábios.
Nosso beijo é um intenso e cheio de desejos. É como se tudo que sentimos durante esses meses separados foi liberado em um único beijo.
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