17

95 12 1
                                    

Rose

Não posso negar que minha última conversa com Dimitri havia despertado um lado meu que eu não via a tempos. Ele fez eu me sentir bem em um momento crucial da minha vida, apenas dizendo poucas palavras gentis. E naquele instante, eu senti o remorço pisar em mim ao lembrar que tinha o enchido de trabalho por puro capricho. Esperava que tirando todo esse peso dele, mudasse um pouco a forma ruim como me via.

No horário de almoço, saí da empresa para ir até um restaurante. Já que Angelique me aconselhou a testar coisas novas, almoçar fora seria uma boa ideia.

Pela primeira vez desde que comecei a trabalhar, eu fui dirigindo até a empresa.

Tornei a sentir a mesma liberdade de quando eu era adolescente e pegava o carro do meu pai escondido. Já tinha esquecido do quanto era relaxante estar atrás do volante.

Procurei minhas chaves dentro da bolsa, mas não estava encontrando. bolsa, mas não estava encontrando. Depois de alguns minutos de procura, me dei por vencida e aceitei que minha cabeça de vento havia esquecido as chaves na minha mesa.

– Precisa de carona? - uma voz atrás de mim perguntou. Me virei no mesmo instante e dei de cara com Dimitri.

– Eu apenas esqueci as chaves na minha sala. Já estava indo buscar.

– Não veio com o motorista? - perguntou com estranheza.

– É bom mudar alguns hábitos. - dei de ombros.

– Entendo. Está indo almoçar fora? Eu posso te levar e te busco quando o horário de almoço acabar.

– Acho que tudo bem.

Pelo seu olhar, ele não esperava que eu aceitasse, mas não me questionou,

O segui até seu carro e depois de ele abrir a porta do carona para mim, começamos a seguir caminho pela cidade.

– E então, onde vai almoçar? - perguntou.

– Um restaurante italiano do centro da cidade. Você deve conhecer.

- Não só conheço como também vou almoçar lá hoje. - o olhei de canto, não acreditando no que ele disse. – Não sou rico como a senhorita, mas não tenho limites de preço quando se trata de uma boa comida. Geralmente, só vou nesses lugares nos finais de semana, mas hoje abri uma exceção.

– Pelo menos não vou me preocupar com um possível atraso seu.

Ele sorriu com leveza e isso me fez sentir algo como cócegas no estômago. Não sabia se aquilo era a fome, ou se por algum motivo que eu desconhecia, o sorriso de Dimitri havia me deixado atônita.

Chegamos ao restaurante e entramos lado a lado. Fomos até a recepcionista para confirmar nossas reservas.

– Muito bem, senhorita Mazur na mesa 6 e senhor Belikov, mesa 9.

– Hum, senhorita Mazur está - esperando alguém? - Dimitri perguntou.

– Não. Por que?

– Será que a gente não podia almoçar juntos? - estreitei meus olhos tentando decifrar suas intenções. – Não me leve à mal, é que a reserva sai mais barata se eu dividir com alguém. - falou despreocupado e eu segurei o riso. – O que? Ainda não sou rico. - riu pelo nariz.

– Nós dois vamos ficar na mesa 6. - eu disse para a recepcionista.

– Me acompanhem, por favor.

Fomos direcionados até a mesa 6 e nos sentamos de frente um para o outro. O garçom trouxe os cardápios e eu abri sem demora, analisando cada prato disponível.

Dona De Mim | RomitriOnde histórias criam vida. Descubra agora