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Dimitri

Deixei que minhas emoções me consumissem e quebrei toda e qualquer barreira que pudesse me impedir de tomá-la em meus braços.

De certo, não tinha total certeza se deveria fazer aquilo, levando em consideração que ela ainda é a minha chefe. Mas a forma como ela estava devolvendo aquele beijo, me fez ver que talvez não fosse tão errado o que eu fazia.

O clima aumentou e eu a levei de encontro à parede do elevador, sem parar de explorar sua boca. Ela logo levantou sua perna encaixando ainda mais nossos corpos e eu levei minha mão até sua coxa, segurando com firmeza.

Desci meus beijos para o seu pescoço e fui correndo meus lábios por toda a sua pele.

— Dimitri... - ela sussurrou quase num gemido.

E como se tivesse tido um lapso de lucidez, me empurrou tão bruscamente que eu tive que manter o equilíbrio para não cair.

A olhei confuso, tentando entender porque havia feito aquilo. Mas ela não disse nada e apenas me encarava com um olhar apavorado enquanto ofegava incessantemente.

— Por-por que fez isso? - gaguejou.

— Você sabe. Sentiu o mesmo que eu. - dei dois passos para me aproximar.

— Não! Fica longe!

— Rose, qual o problema? Você tava gostando e eu também. - relatei o óbvio.

— Eu disse pra você ficar longe! - ordenou.

— Então é isso? Só vamos esquecer? Igual da outra vez?

— Sim! Isso não deveria ter acontecido. - colocou a mão sobre a testa.

— E por que não? Você ainda é um ser humano, sabia? Sente desejos como qualquer outra mulher. - eu tentava convencê-la de que nada de errado havia acontecido.

— Você é um funcionário, Belikov. Eu não vou sentir desejo nenhum por você. - declarou com desdém.

— Uau... - arqueei as sobrancelhas. — Por um breve instante eu achei que podia gostar da sua personalidade. Mas agora vejo que você continua sendo a mesma mulher podre de sempre.

— Como ousa...

— Você sabe que eu estou certo. - a interrompi.

— Eu estou pouco me lixando para o que você pensa ou não sobre mim!

— Claro. - revirei os olhos.

Apertei o botão do nosso andar e ficamos em silêncio até que o elevador chegasse. Assim que as portas se abriram, ela saiu andando rapidamente, sem olhar para trás. A observei até que sumisse no corredor.

Maldita Rose! Nunca uma mulher me deixou com tanta raiva e ao mesmo tempo, tanto desejo. O melhor a se fazer é manter-se longe. Não preciso dessa dor de cabeça na minha vida, muito menos forçar a companhia de uma mulher tão mesquinha quanto ela.

Por mais que ela me atraísse, e muito, ainda era uma pessoa horrível e se vi algo de bom em algum momento, certamente eram apenas registros comuns que qualquer pessoa possuía. No geral, Rose era ruim, uma megera que não merecia o esforço de nenhum homem pra conquista-la. Só esperava que a minha visão ruim dela superasse todo e qualquer desejo meu em tocá-la, porque ela simplesmente não valia a pena.

{...}

— Tô te dizendo, mulheres ricas são problemáticas! - eu dizia me afundando ainda mais em uma das cadeiras do escritório de Ivan.

— Como pode dizer isso com tanta certeza? Você só saiu com Avery Zeklos. - ele falou.

— Sim, mas só de ver como ela é parecida com a nossa chefinha, eu percebi que toda mulher rica é igualmente megera. - fechei meu punho com irritação.

Dona De Mim | RomitriOnde histórias criam vida. Descubra agora