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Rose

Nunca uma semana foi tão agradável quanto essa última tinha sido.

Morar com Dimitri estava sendo a melhor experiência da minha vida. E sinceramente, eu até preferia que ele parasse de procurar por apartamentos e decidisse ficar aqui de vez. Mas eu não podia esperar por isso. Nós ainda não namorávamos e tinham poucos dias que estávamos juntos. Tudo viria no seu tempo certo.

Ele me ajudou a organizar a social que eu faria no jardim de minha casa. Encomendei mesas, contratei um bufê e montei um pequeno palco que serviria pra que os candidatos se apresentassem.

Na sexta à noite, depois de um banho quente, eu me dirigi até o quarto para finalmente dormir.

Deitei ao lado de Dimitri, que estava concentrado em seu notebook enquanto digitava rapidamente, sem desviar o olhar da tela.

– O que está fazendo? - perguntei.

– Terminando os detalhes da minha palestra. - falou sem me olhar.

– Aposto que você vai arrasar. - eu disse acariciando seu rosto. Ele segurou minha mão e depositou um beijo.

– Seria um marco pra mim. Acabei de começar a trabalhar com publicidade e ter a chance de apresentar algo tão importante, daria um salto na minha carreira. - ele parecia animado com isso.

– Então, ainda tem vontade de subir mais? - perguntei curiosa.

– E quem não? - sorriu de lado. – Claro que entrei pra esse ramo porque amo toda essa magia, mas também quero ter um nome forte, um cargo de importância e quem sabe, até a minha própria empresa.

– Olha, eu não quero te dar uma forcinha só porque gosto de você. Isso seria errado. Mas... - sorri divertida. – Se os diretores te escolherem pra nos representar no evento e você se destacar entre as outras empresas, eu te promovo à chefe do departamento de produção.

– Tá falando sério? - perguntou desacreditado.

– Claro. Seria por mérito.

– Ai, meu Deus, eu te amo! - gritou animado e logo depois me abraçou.

Não esperava ouvir o primeiro "eu te amo" nesse momento, nem mesmo sabia se ele tinha falado sério, ou se só sentiu uma onda de adrenalina que o impulsionou a dizer a primeira coisa que viesse em sua mente.

Independente do que fosse, eu fiquei sem reação. E enquanto ele ria abraçado em mim, eu continuava séria, tentando controlar a minha respiração que fazia meus pulmões pulsarem como duas bombas.

Ele finalmente parou de me abraçar e segurou meus braços, ainda sorrindo para mim. Eu estava boquiaberta e ele logo se deu conta do que havia acontecido. Seu sorriso sumiu vagarosamente, até dar espaço à uma expressão tão séria quanto a minha.

– Desculpe. - ele disse

– Por que está pedindo desculpa?

– Er... eu não sei... - falou nervoso. – Eu falei aquilo por impulso... não era pra ser assim.

– Então... não é verdade? - franzi a

testa.

– É! Quer dizer.... não... er... eu não sei...

– Tem razão. Não era pra ser assim. - suspirei. – Boa noite, Dimitri. - virei para o outro lado, desliguei o abajur e me enrolei no cobertor.

Senti ele me observar durante longos minutos, até finalmente fazer o mesmo que eu.

Durante a noite, senti ele tatear o meu braço com as pontas dos dedos, como se fizesse desenhos em minha pele. E de forma tímida, foi chegando mais perto até envolver meu corpo em seus braços e enterrar seu rosto em meus cabelos.

(...)

A social aconteceria à tarde e aquela
manhã de sábado na minha casa estava tão corrida que me deixou completamente perdida.

Antes de mais nada, eu queria convidar alguém importante pra mim e que com toda certeza me acalmaria se estivesse nessa festa comigo.

Peguei meu celular e liguei para a Miranda, a diretora do orfanato.

– Alô? - falou ao atender.

– Oi, Miranda! É a Rose, como vai?

– Vou bem, e você?

–Estou ótima. Enfim, eu liguei pra te convidar pra uma social que vai ter na minha casa hoje à tarde. Não é nada muito grandioso, apenas comes e bebes e algumas apresentações dos meus funcionários.

– Isso seria muito agradável, mas infelizmente eu vou me encontrar com o prefeito pra decidir algumas mudanças no orfanato.

– Ah, que pena. eu disse com desânimo.

– Mas eu sei que você quer que o Bernard vá e eu posso deixá-lo com você se me prometer que vai ficar de olho nele.

– Sim, eu prometo! Eu vou mandar o motorista ir buscá-lo às 14:00, ok?

– Ele vai estar pronto. Até mais.

– Até e obrigada, Miranda.

– Imagina, querida.

(...)

A maioria das pessoas já havia chegado e eu conversava com algumas funcionárias enquanto esperava Dimitri descer e me fazer companhia.

Não falamos sobre o incidente da noite anterior e eu preferia não forçar a ter essa conversa. No momento certo, Dimitri teria certeza do seu amor.

– Olha só quem chegou! - ouvi a voz dele atrás de mim.

Na verdade, ele não estava anunciando a si mesmo, mas sim o Bernard, que veio correndo até mim e me deu um forte abraço.

– Meu amor! Que lindo que você está! - falei me agachando para ficar da mesma altura que ele.

– Você está parecendo uma princesa, Rose! - sorriu. – Não acha, tio Dimitri? - ele disse olhando para o Christopher.

– É a mulher mais linda do mundo. - falou com sinceridade no olhar.

Eu me recompus e sorri pra ele de forma serena.

– É verdade que vocês estão namorando? - Bernard perguntou.

– Ah... - fiquei sem saber o que responder.

– Sim. - Dimitri respondeu firme. Eu o olhei surpresa. – Nós estamos namorando. - me encarou divertido.

– É, estamos. - falei com um sorriso bobo.

– Algo me diz que vocês não tinham certeza disso até agora, então... é uma honra oficializar essa união. - Bernard falou abrindo os braços nos fazendo rir. – Acho que eu vou te chamar de tia Rose agora.

– Isso me deixaria muito feliz. - afaguei seus cabelos e dei um beijo em sua bochecha. – Quer conhecer a casa?

– Sim! O tio Dimitri disse que você tem um super video game! Eu preciso ver! - ele disse dando pulinhos.

– Senhorita Mazur? - Rodolff, meu mordomo, se aproximou. – Tem alguém querendo falar com a senhorita lá na sala de estar.

– E quem é?

– É melhor que a senhorita veja com os próprios olhos. - franzi a testa um pouco temerosa.

– Pode ir. - Dimitri disse. – Eu vou levar o Bernard pra comer alguns doces e depois, nós mostramos a casa pra ele. - eu assenti e após me dar um selinho, ele se afastou segurando a mão de Bernard.

Segui até a parte interna da casa, em direção à sala de estar.

Paralisei assim que a vi, sentada confortavelmente, com suas roupas totalmente pretas, rodeada de malas e sustentando aquele olhar desafiador que por muito tempo eu imitei muito bem.

Ela sorriu, ficou de pé e como sempre fazia, ao invés de vir até mim, esperou que eu me aproximasse, mas eu me mantive estática.

– Não vai dar um beijo na sua mãe? - Janine disse, abrindo os braços.

oii, voltei. tô bem desanimada com essa adaptação mas vou terminar de postar. por favor votem em cada capítulo, me ajuda demais! ♥︎

Dona De Mim | RomitriOnde histórias criam vida. Descubra agora