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 "Mulheres precisam de homens para serem completas?"

Rose

Tudo o que eu queria agora era chegar em casa e descansar a minha cabeça. De fato eu trabalhava por vontade própria, mas isso me custava a minha disposição mental.

Abri a porta de casa e quando cheguei à sala, um alguém desagradável estava sentando em meu sofá. Ele sorriu ao me ver, ficou ligeiramente de pé e se aproximou pronto pra tocar em mim como forma de cumprimento. Dei dois passos para trás me certificando de que ele ficasse longe.

– Zeklos. - falei.

– Mazur. - ele me olhou com um sorriso irônico nos lábios.

– O que faz aqui, Jesse?

– Soube que não obteve o lucro esperado esse mês... - olhou as próprias unhas tentando fingir desentendimento.

– Ah, você "soube"? - fiz sinal de aspas com os dedos. – Primeiramente, isso não é da sua conta, segundamente, quem deixou você entrar na minha casa?

– Os empregados me conhecem como seu "colega de profissão". -riu pelo nariz. – Pobrezinhos, morrem de medo de levar um dos famosos sermões da chefe.

– Lembre-me de avisá-los pra não deixar você passar do portão da frente. - cruzei os braços.

– Por que sempre tão estressada, Rose? Lembro bem daquela menina doce que você era... - ele estendeu a mão para tocar o meu rosto.

– Nem pense nisso. - disse rápida e ele logo abaixou sua mão. –Não sei qual é o seu joguinho vindo aqui falar besteiras pra mim, mas fique ciente de que suas provocações não me afetam. - falei de cabeça erguida.

– Só queria te lembrar de que nesse final de semana haverá um baile beneficente da alta sociedade. Seria muito feio se a dona de uma das maiores empresas do país não comparecesse. - insinuou. – Sei que você não é muito familiarizada com esse tipo de evento, afinal, você nunca aceita os convites que recebe. Por isso, estou disposto a ser o seu acompanhante.

- Você? Meu acompanhante? - gargalhei alto, fazendo minha risada ecoar pela sala. – A única vantagem de ter que aguentar a sua presença é rir das coisas idiotas que você diz.

– Rose, estou falando sério. Nós já fomos amigos um dia, podemos suportar a presença um do outro em prol de uma boa imagem social. Não pega bem se as empresas continuarem nos vendo como rivais.

– A questão é que nós somos rivais e eu não pretendo mudar esse status.

– Por que tanto ódio de mim, princesa? - colocou as mãos no bolso e se aproximou mais do que deveria.

– Ainda pergunta? Você passou a perna em mim e isso me custou uma dor de cabeça enorme! Eu confiava em você e o que você fez com a minha confiança? Jogou fora como se não fosse nada! Agora vem até a minha casa tentando me convencer a fazer a sua imagem melhorar diante da mídia? -ri. –Não vou deixar você me usar de novo, Jesse. E se me chamar de princesa outra vez, eu te mando direto pra vala dos menos favorecidos socialmente.

– O problema é que você é má. - cerrou os dentes.

– Algumas pessoas me obrigam a ser. - coloquei as mãos na cintura e o encarei.

Dona De Mim | RomitriOnde histórias criam vida. Descubra agora