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"Não há nada mais puro do que o coração de uma criança

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"Não há nada mais puro do que o coração de uma criança."

Rose

Na manhã de domingo, eu dirigi até o endereço que Angelique havia me passado.

Parei em frente à uma mansão de três andares e dei uma última olhada antes de sair do carro.

Os portões do jardim estavam abertos, então eu andei até a porta de entrada e toquei a campainha. Uma senhora de meia idade que parecia ser a governanta abriu e sorriu gentilmente ao me ver.

— Bom dia, no que posso ajudar? - perguntou.

Antes que eu respondesse, três crianças passaram correndo apressadamente pela porta, quase me derrubando. Olhei para o jardim, onde eles riam e corriam.

— Ah, essas crianças! - exclamou a senhora. — Por favor, queira entrar.

O convite me soou estranho. A mulher mal sabia quem eu era e me deixa entrar?

Sem questionar, eu a acompanhei até a sala de estar. O espaço era grande, com três grandes sofás e algumas poltronas, pra pelo menos umas vinte pessoas poderem sentar.

Sentadas no carpete, estavam duas garotinhas com várias bonecas. Franzi a testa perguntando a mim mesma quantas crianças mais eu veria.

— Como a senhorita se chama? - a senhora me perguntou.

— Rose. - respondi.

— Só um minuto, eu vou chamar a diretora pra conversar com a senhorita. - ela se afastou entrando no corredor.

Diretora? Aqui seria alguma espécie de internato?

Sentei em um dos sofás e sorri de leve para as meninas que brincavam. Uma delas levantou e veio até mim.

— Você é muito bonita. - ela disse.

— Obrigada, você também é linda. - fiquei realmente tocada com o elogio.

— Vai ser a mamãe de alguém? - perguntou.

— O que? Eu não entendi. - franzi a testa.

— É que quando as mulheres querem ser mamães, elas vêm aqui e levam algum de nós. Está aqui para isso, não? - ouvir aquilo me fez começar a entender.

— Você ainda não tem uma mamãe?

— Não. Mas a tia Miranda disse que logo eu vou ter uma família.

— E quem é Miranda?

— Sou eu. - levantei o olhar e avistei uma mulher parada em minha frente. — Muito prazer, sou Miranda Julien, diretora do orfanato. - fiquei de pé e nós demos um aperto de mãos.

— Sou Rosemarie Mazur.

— Te reconheci das revistas. - sorriu. — Vamos, me acompanhe até a minha sala.

Dona De Mim | RomitriOnde histórias criam vida. Descubra agora