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Dimitri

Apesar do descaramento de Avery na academia, consegui convencer Mia de que entre eu e ela já não havia mais nada e aquela cena foi apenas para provocar.

Acabei não comentando sobre Rose, que vi aos risos com Avery. Provavelmente, as duas se divertiram com a situação. Eram exatamente da mesma laia.

Na segunda-feira, perto do horário do almoço, eu estava ocupado em minha sala quando Ivan  e Mia entraram sem bater. Os dois pareciam aflitos.

— Algum problema? - perguntei.

— Senhorita Mazur mandou cortar verbas de alguns projetos e os da Mia foram incluídos.

— Você não sabe o ódio que eu estou! - ela esbravejou. — São projetos grandes e eu precisaria de cada centavo fornecido! - falou em desespero.

— Calma. - levantei e segurei suas mãos. — Você pode pedir uma reavaliação do seu caso no conselho e pode ser que a verba seja reavida.

— Já fiz isso, mas pode demorar! Eu tenho um prazo pra terminar os meus projetos! O que ela quer agora? Arrancar a nossa sanidade mental? Eu deveria dizer umas verdades! - fez menção de sair, mas eu segurei seu braço.

— Opa, não. - eu disse. — Você sabe como as coisas funcionam quando se trata da Rose.

— Pois é, Mia. Quanto mais você esperneia, mais errado você está. - Ivan completou.

— E o que eu devo fazer? - ela choramingou.

— Manter a calma e ter paciência. - segurei seu rosto entre minhas mãos. — Eu prometo que nós vamos te apoiar e tentar de tudo junto com você. Não admito que você seja injustiçada. - pressionei meus lábios contra os dela, depositando um beijo rápido.

— Obrigada. - ela sorriu.

— E que tal se eu e Ivan fôssemos falar com o conselho? Quanto mais gente os pressionando, mais rápido as coisas vão andar.

— Fariam isso por mim?

— Qualquer coisa por meus amigos! - Ivan sorriu.

Segurei a mão de Mia e nós saímos da minha sala. No meio do caminho, avistamos Rose sair da sala dela, provavelmente indo almoçar. Segurei firme a mão de Mia pra que ela não quisesse fazer nenhuma bobagem, mas mesmo assim não foi o suficiente.

— Eu preciso fazer isso. - ela disse, indo rápido em direção à Rose.

— Mia! - a acompanhei.

— Qual é o seu problema?? - falou parando na frente de Rose antes que ela entrasse no elevador.

— Perdão? - Rose franziu a testa.

— Cortou verba de vários projetos e pra que? Pra prejudicar seus próprios funcionários? Eu preciso daquela verba, entende?? Não pode simplesmente querer que a gente se vire dessa forma!! Eu estou cansada das suas crueldades totalmente desnecessárias! - berrou.

Eu já estava com o coração na mão, esperando que Rose dissesse coisas horríveis e que prejudicasse a Mia. Mas ela apenas a olhava confusa, como se toda a situação não fosse de seu conhecimento.

— Antes que a senhorita ameace a Mia de mil e uma formas diferentes, será que nós podemos ter uma conversa em particular? - falei. Ela assentiu incerta e eu a segui até sua sala.

— Então... eu sei que deve estar uma fera pela situação de agora, mas pode apostar que a Mia não é assim. Ela não fica brava com muita facilidade, a não ser quando algo está a incomodando muito. Como esses cortes de verba.

Dona De Mim | RomitriOnde histórias criam vida. Descubra agora