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"O dinheiro não traz felicidade, ao contrário. A busca do ser humano por dinheiro torna-o podre e totalmente infeliz."

Dimitri

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Dimitri

Diferente do que Rose previu, Avery me ligou no dia seguinte, convidando-me para acompanhá-la em um baile beneficente da alta sociedade. Talvez eu preferisse um jantar, cinema ou até mesmo que ela me levasse de novo para a sua casa, mas já que esse seria o encontro perfeito pra ela, eu a acompanharia de bom grado.

Quando chegamos ao evento, ela quis ir correndo falar com a Rose. Provavelmente, pra que as duas pudessem se provocar. Eu não podia entender as mulheres. Se não se gostavam, por que perder tempo conversando só pra se irritarem uma com a outra?

Nos afastamos e depois de Rose cumprimentar mais algumas pessoas, nós pegamos algumas bebidas perto do bar.

– Gostei de como você colocou a Rose no lugar dela. - riu.

– Eu só falei a verdade. Não tive o intuito de fazer ela se sentir mal, só fui sincero. - dei de ombros.

– A Rose precisa de um choque de realidade. Reclama horrores do pessoal da alta sociedade, mas ela é a mais horrível de todas só por se achar superior.

– Você a conhece a muito tempo? - perguntei com curiosidade.

– Ela e o Jesse eram muito amigos no ensino médio e consequentemente, ela vivia na minha casa. Nunca nos gostamos.

– E por que não?

– Rose sempre foi uma mimada que acha que pode falar como quiser com qualquer pessoa e isso é irritante. - assenti concordando.

– Acha que existe um motivo pra que ela seja assim?

– Toda menina rica é direcionada a ser uma mulher fina, poderosa e com um ar de liderança. Mas ela? A mãe da Rose conseguiu transformá-la numa bruxa nojentinha e egoista. - fez cara de nojo. – Mas ela é bem pior que a mãe. É tão ruim que não consegue manter ninguém por perto. O único que gostava dela era o pai e como você já deve saber, o velho morreu. Depois da morte dele, todo mundo simplesmente meteu o pé e ela ficou sozinha. Nem a família quis ficar perto.

– Talvez a família seja pior que ela.

– Dimitri, olha pra ela. - nós dois olhamos em direção da onde Rose estava, sentada em um dos sofás. – Nem o meu irmão que a convidou pra acompanhá-lo está perto dela. E todo mundo desvia o caminho pra não ter que falar com ela.

Rose  bebia uma taça de champanhe enquanto outras 4 taças vazias estavam sobre o centro de frente à ela. Mantinha um olhar distante, quase tedioso e suspirava de tempos em tempos. Se a solidão tivesse uma face, seria aquela.

– Nossa... - algo pesou em meu peito por vê-la assim. Por mais terrível que ela fosse, nenhum ser humano merece a solidão.

– Não tá com pena dela, está? Tudo isso é culpa dela! Ela afasta as pessoas porque quer!

Dona De Mim | RomitriOnde histórias criam vida. Descubra agora