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Rose

O mundo silenciava quando nós dois nos amávamos. Nada me prendia tanto quanto minhas noites de amor com Dimitri, que literalmente duravam uma noite inteira. Uma noite quente, cheia de prazeres e sussurros de juras de amor.

Já podia senti-lo estremecer enquanto se movia com vigor sobre mim, com suas estocadas que pareciam levá-lo ao fundo do meu interior, quase como se eu sentisse uma corrente elétrica percorrer todo o meu corpo.

Não tinha nada mais prazeroso do que fazer amor com ele. Eu o beijava apaixonadamente, enquanto nós rolávamos naquela cama e nos tornávamos um só, com todo o fogo que dois corpos poderiam compartilhar.

— Eu te amo... - ofegou contra os meus lábios.

— Eu te amo! - respondi num gemido alto.

E mesmo depois de horas gastando energia, nos mantínhamos firmes, abraçados um no outro, deixando que nosso suor se misturasse, inalando todo aquele cheiro de luxúria que impregnava o quarto. Esses eram os melhores momentos pra mim.

E então chegamos ao ápice juntos, mas continuamos abraçados, respirando fundo e com um sorriso sincero em nossos lábios. Já era a segunda vez aquela noite, me sentia cansada, mas se ele estivesse pronto para outra, eu não me negaria.

Como se lesse o meu pensamento, ele afastou o seu rosto para me observar melhor e me deu um beijo longo, anunciando o início de mais uma rodada.

— ROSEEEE! - um grito vindo do corredor nos fez parar e tentar entender o que acontecia. —ROOSEEE! - outra vez.

Eu levantei da cama sentindo minhas pernas fracas cambalearem, peguei uma das camisas de Dimitri, que era longa o suficiente para cobrir o meu corpo e corri até onde se ouvia os gritos. Ele veio atrás de mim, usando seu roupão de forma desengonçada.

Minha mãe estava em pé na cama, segurando um de seus chinelos e com os olhos arregalados.

— O que houve? - perguntei com a respiração entrecortada.

— Eu levantei para ir ao banheiro quando vi uma barata correr para debaixo da cômoda! Bem ali! - apontou.

— É sério? - a olhei incrédula.

Sem dizer nada, Dimitri se agachou diante da cômoda para ter certeza de que havia mesmo uma barata ali.

— Janine, não tem barata nenhuma! - ele disse.

— Então ela deve ter se escondido em algum outro canto. Agora que eu não durmo! - choramingou.

— Mãe, só vai pra outro quarto, tá? Amanhã eu mando alguém revirar tudo aqui pra ter certeza de que você não vai ver mais nenhum bicho.

— Tudo bem, mas você pode dormir comigo, não é?

— Que? Não! - Dimitri exclamou.

Janine intercalou o olhar entre nós dois, reparando de cima a baixo o nosso estado bagunçado e cansado.

— Talvez você tenha que tomar um banho antes, filha. E pentear o cabelo. - falou ela com um olhar sarcástico.

— Quantos anos você tem? Sete? Não acredito que precise dormir com a Rose porque está com medinho. - ele zombou, cruzando os braços.

— Eu tenho certeza que o sexo pode esperar. A mãe dela precisa de uma companhia - os dois me encararam como se esperassem uma resposta.

— Acho que não tem problema dormir só um dia com a minha mãe. - falei sem jeito. — Ela tem uma fobia muito forte a insetos. - dei de ombros, sincera.

Dona De Mim | RomitriOnde histórias criam vida. Descubra agora