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Dimitri

Acordei e depois de perceber que Rose já havia levantado, peguei minhas roupas do chão, vesti a calça, calcei meus sapatos e saí do quarto sem camisa mesmo, certo de que encontraria apenas Rose em casa.

Mas a medida que me aproximava da escada, eu ouvia uma voz masculina conversar com ela. E não gostei nada quando notei o tom galanteador da parte dele.

Me enfiei no final da conversa e a expressão no rosto de Jesse não pareceu nada agradável.

– E quem é você? - ele perguntou.

– Dimitri Belikov. - respondi. – Você não precisa se apresentar. Sei exatamente quem você é.

– Claro que sabe. Como o seu sobrenome não me é estranho, deduzo que me reconheceu das fotos que viu em minha casa, quando Avery te levou lá. - ouvi Rose arfar desconfortavelmente com a menção do meu breve relacionamento com Avery.

– Perde tempo decorando os nomes dos homens que saem com a sua irmā? Deve ser algo cansativo. Ouvi falar que a lista é imensa. - alfinetei e ele escureceu ainda mais sua expressão.

– Ouviu falar? Até imagino onde. - ele olhou de relance para a Rose.

– Só falei a verdade. - ela disse.

– E é verdade que a Avery atrai muitos pretendentes. Ela possui um charme em seu sangue. - ele disse orgulhoso.

– Também é de família a mão leve que passa pelo corpo de qualquer um. - falou Dulce com um sorriso sarcástico no rosto.

– Você me subestima tanto, Rosezinha. - franzi a testa sem acreditar que ele havia usado aquele tom.

-– Já percebeu que a dona da casa não te quer aqui? Pelo amor de Deus, se arraste aos pés de outra pessoa... - cruzei os braços.

– Isso mesmo! - Rose empurrou o buquê que possivelmente ele havia trazido, em seu rosto.

– Só vou porque você pediu com carinho. - ele disse, e Rose instantaneamente revirou os olhos. – Vou mandar lembranças de você à Avery, Belikov. - falou caminhando em direção à porta.

Ignorei aquela provocação e assim que ouvi a porta bater, eu agarrei a cintura de Rose e a coloquei contra a parede, lhe arrancando um beijo cheio de fúria, que descarregava a tensão formada por aquele crápula.

Ela envolveu uma de suas pernas em minha cintura e nós nos encaixamos ainda mais, seguindo o ritmo cheio de paixão do nosso beijo.

Parei o beijo quando ambos estávamos ofegantes.

– Uau... - ela disse com um sorriso de canto.

– Bom dia pra você também. - dei risada e depositei um beijo em sua testa.

– O que ele queria com você? Não ouvi toda a conversa.

– Veio me convidar pra almoçar. Acredita nisso? Ele acha que me engana com o papinho de querer reaver nossa antiga amizade. - falou com desgosto. – Eu o odeio e sei que ele também sente o mesmo por mim.

– Ele acha que você é o que? Tapada? - ri. – Só espero que agora ele fique ciente de que você está focada em interesses bem distantes dele.

– Com certeza.- ela sorriu e me deu um selinho demorado. – Fiz café da manhã pra gente.

– É quase hora do almoço. - falei olhando meu relógio de pulso.

– Eu posso pedir algo pra gente comer depois.

– Rose, eu não posso ficar o dia inteiro aqui. Tenho alguns trabalhos que preciso adiantar. - me expliquei.

– Não precisa, eu aumento o seu prazo. - falou despreocupada.

Dona De Mim | RomitriOnde histórias criam vida. Descubra agora